NÃO AJUDA A ACESSIBILIDADE E OS TRANSPORTES

O presidente da Câmara de Aveiro, um dos concelhos servidos pela auto-estrada da Costa da Prata (A17), considerou que a intenção governamental hoje anunciada de introduzir portagens nesta via "não ajuda a acessibilidade e os transportes" do concelho.

"Claramente é uma medida que não ajuda Aveiro em termos de acessibilidade e de transportes. Acolhemos com natural desagrado as declarações do ministro das Obras Públicas de que, ao longo de 2007, serão introduzidas portagens na A17", disse Élio Maia, reagindo ao anúncio da medida.

O autarca sublinha que "Aveiro tem necessidades conhecidas a nível de acessibilidades e a A17 serve como via de acesso e transporte, não só para os automobilistas do concelho, como também a muito tráfego que circula na zona".

Élio Maia considera "simpático" considerar a Estrada Nacional 109 (EN109) como possível alternativa à A17, dado tratar-se de uma via sobrecarregada e de percurso urbano.

"É simpático chamar-lhe alternativa, uma vez que a EN109 está colada à cidade, perto de habitações e já tem milhares de carros por dia", comentou.

O presidente da Câmara de Aveiro salienta que a introdução de portagens na A17 irá sobrecarregar ainda mais a já saturada EN109.

"Criando portagens, voltamos a ter mais tráfego na EN109, que já tem milhares de carros por dia, ao mesmo tempo que somos confrontados com duas auto-estradas quase coladas uma à outra e ambas com portagem", disse.

Élio Maia referiu que vai transmitir a decisão do ministro aos órgãos municipais para que seja tomada uma decisão sobre o assunto.

O ministro das Obras Públicas anunciou hoje que o Governo vai introduzir portagens nas auto-estradas sem custos para o utilizador (SCUT) do Norte Litoral, Costa de Prata e Grande Porto já em 2007.

Na Norte Litoral, a única excepção à introdução de portagens será o troço entre Viana do Castelo e Caminha, adiantou.
Diário de Aveiro



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