COUTINHO ALEGA A COINCIDÊNCIA DA ENTRADA DE 330 VOTOS

José Rolim, que venceu, na sexta-feira, dia 15, as eleições para a presidência dos Bombeiros Voluntários de Águeda, tomou, na penúltima terça feira, dia 18, posse "debaixo da sombra" de duas acções judiciais, interpostas pela lista derrotada e que visam a suspensão e anulação da deliberação do acto eleitoral.

Acções judiciais

Manuel Coutinho - o candidato derrotado com 263 votos contra 483, 330 dos quais por correspondência, - garantiu que "as acções judiciais deverão ser analisadas o mais rapidamente pelo tribunal judicial, uma vez que têm carácter urgente”

Manuel Coutinho disse ainda que "vai lutar até ao fim, até para que isto sirva de exemplo para outras eleições e não se deixe ficar esta imagem no eleitorado. É necessário que isto sirva de exemplo para o futuro".

Coutinho alega a coincidência da entrada de 330 votos por correspondência, com a mesma carta tipo no acto eleitoral. O que, supostamente, viola os estatutos dos bombeiros, uma vez que o voto por correspondência deverá ser utilizado na impossibilidade dos associados estarem presentes por força maior, como é o caso de doença.

"Os estatutos prevêem o voto por correspondência, mas é necessário um justo impedimento que caberá ao presidente da Assembleia Geral confirmar". Por isso, "é estranho que 330 pessoas não pudessem comparecer ao acto eleitoral. E o mais grave é que alguns dos associados, que votaram por correspondência, apareceram no acto eleitoral, uns para votar e outros não".

Tranquilo

José Rolim, que não discursou na tomada de posse, disse ao Jornal da Bairrada estar completamente tranquilo em relação às acções judiciais, "uma vez que os estatutos foram cumpridos escrupulosamente".

Ainda segundo José Rolim, “será propósito da direcção orientarmos a acção no sentido de prestigiarmos a associação no quadro institucional e nas parcerias em que se integra, gerindo-a escrupulosamente e tão eficientemente como soubermos”.

Segundo o novo presidente, “é objectivo continuar a valorizar os recursos humanos e os seus meios operacionais. Estamos certos de que a optimização do ambiente de trabalho proporcionará o reforço da elevada capacidade operacional de que os Bombeiros Voluntários de Águeda vêm dando sobejas e indesmentíveis provas ao longo dos setenta e dois anos da sua existência”.

José Rolim afirmou ainda que “pretende disponibilizar a experiência da associação a todos quantos, institucionalmente ou em parcerias de voluntariado, partilhem connosco de idênticas preocupações de serviço público, de vida por vida, e estamos a referir-nos, em particular, às associações de boa vontade e em boa hora constituída no concelho na área de socorro e da solidariedade”. “É que todos não seremos demais na cruzada de salvaguardarmos fazendas e vidas”, afirmou o presidente.

Já José Vicetro, o novo presidente da Assembleia Geral, afirmou que "a corporação tem vivido, ultimamente, momentos de turbulência", sublinhando que "há fogos dentro da corporação que são difíceis de apagar. Temos que ir à procura da ignição, mas o pior é se são velas daquelas que não se pagam.

José Vicetro alertou ainda para “os cocktails molotov que são atirados lá de fora para dentro".
Diário de Aveiro



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