DESDE 1941 QUE NÃO SE REGISTAVA UMA ONDA DE CALOR TÃO SIGNIFICATIVA

A onda de calor que terminou segunda- feira foi a maior dos últimos 65 anos em Portugal, pela sua extensão espacial e temporal, informou o Instituto de Meteorologia (IM).

Desde 1941 que não se registava uma onda de calor tão significativa como a do início deste mês de Julho e que se estendeu a quase todo o território nacional, prolongando-se durante 11 dias no Alentejo.

A onda de calor esteve sobretudo associada aos valores muito altos da temperatura mínima que agravaram a situação de grande desconforto térmico.

A sequência de dias com valores da temperatura mínima iguais ou superiores a 20 graus (noites tropicais) foi, em grande parte do território, a maior observada desde 1990.

Na estação da Serra do Pilar (Porto), as mínimas atingiram 24,4 graus batendo o recorde histórico, desde que são feitas medições meteorológicas em Portugal.

Anadia, com 24 graus, Fonte Boa (Santarém), com 22,8 graus e Mértola, com 28,7 graus também bateram ou igualaram recordes anteriores nas temperaturas mínimas.

Segundo o IM, o maior número de noites tropicais consecutivas verificou-se em Zebreira (12), Faro (11) e Almodôvar (10).

Até dia 13 de Julho, no que respeita às temperaturas mínimas registou-se em cerca de 64 por cento das estações uma subida dos valores médios que oscilou entre 1 e 4,9 graus.

As subidas mais significativas verificaram-se no Douro Litoral, Minho, Centro e Litoral a Sul de Sines.

Quanto às máximas, até dia 12, apesar de se terem registado altas temperaturas na Amareleja (43,1 graus), Lousã (40,9) ou Alcácer do Sal (41,7), nenhuma ultrapassou os máximos observados no mês de Julho anteriormente.
Diário de Aveiro



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