O Presidente da República, Cavaco Silva, citando relatórios para OCDE, defendeu hoje o "reforço da interacção entre as universidades e as empresas". Considerando, apesar disso, que "a situação está a mudar" e que as universidades portuguesas "já não estão fechadas nas suas torres de marfim", o Presidente apontou o Biocant Park de Cantanhede (um parque de investigação e desenvolvimento em biotecnologia que agrupa empresas e universidades) como um exemplo do "contributo importante" que as instituições de ensino superior podem dar para "o reforço da competitividade do País". Cavaco Silva dirigiu-se também aos empresários que, para "vencerem num mundo global", devem "apoiar a sua competitividade em inovação tecnológica e conhecimento" e no "trabalho de investigação que é feito nas universidades". A par disso, o Presidente da República voltou a referir a necessidade de as autarquias "reajustarem as suas prioridades", apostando mais no "fortalecimento da base produtiva dos seus concelhos" em vez de gastar verbas em infra- estruturas. "Não me casarei de insistir nestes dois pontos", vincou Cavaco Silva, apontando este designo e o fortalecimento das relações entre as empresas e universidades. O Biocant Park e os projectos desenvolvidos pela Escola Superior de Biotecnologia da Universidade do Porto são exemplos de articulação com o meio empresarial, de "criação de valor" a partir da investigação científica que o Chefe de Estado sublinhou no segundo dia do roteiro presidencial, dedicado à biociência e biotecnologia, que fazem parte da "nova vaga da economia do conhecimento". No parque de biotecnologia sedeado em Cantanhede, Cavaco Silva inaugurou o novo edifício-sede, visitou empresas instaladas no complexo, bem como o futuro centro de divulgação científica.Diário de Aveiro |