A equipa médica do Beira-Mar explicou ontem que a falta de comunicação e de empatia com a equipa técnica liderada por Augusto Inácio foram as principais razões para a apresentação da sua demissão, formalizada sábado.

Em conferência de imprensa, vários elementos da equipa médica do clube, campeão da Liga de Honra, explicaram as razões que levaram ao pedido de demissão.

Um telemóvel deixado a gravar para outro telemóvel diálogos no departamento médico do clube aveirense, ao intervalo do jogo Beira-Mar - Moreirense, foi "gota de água" para esta tomada de posição.

Confrontado sobre os possíveis visitantes do departamento médico naquele tempo do jogo, o médico Laerte Mota disse: "Não foi ninguém da direcção nem do departamento médico 'deixar' o telemóvel a gravar conversas no intervalo".

O conteúdo da gravação do diálogo é desconhecido da equipa médica, porém com algum esforço de memória, concordam que existiu uma conversa do tipo de "treinador de bancada": "Esta direcção merece os parabéns por tudo o que fez para a subida de divisão, mas neste jogo deveria entrar o jogador 'a' em vez do 'b', até porque o Moreirense não está muito bem fisicamente".

Este, pretenso, facto fez com que o elo de ligação que se fazia entre a equipa técnica e equipa médica, Jacinto João, simplesmente deixasse de falar com o Laerte Mota e os seus elementos.

A equipa demissionária desejou o melhor para o Beira-Mar e para esta direcção, e mostrou-se disponível para voltar ao clube após a saída da equipa técnica liderada por Augusto Inácio.
Diário de Aveiro



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