Os consumidores podem poupar anualmente mil euros nas compras em supermercados se optarem pela escolha certa, revela um estudo da revista Pro Teste, editada pela associação de defesa do consumidor Deco.
Na edição de Maio, que será publicada segunda-feira, a revista publica um estudo comparativo de 65 mil preços, tendo como base 546 supermercados de 111 localidades, do Minho ao Algarve, incluindo as Regiões Autónomas dos Açores e Madeira.O estudo da revista conclui que as cadeias Minipreço, Pingo Doce, Plus e Lidl apresentam os preços mais baixos e que a escolha do supermercado certo para fazer as compras pode fazer poupar ao consumidor mil euros por ano. Para este inquérito, a Pro Teste formou dois cabazes de compras - cabaz 1, com 100 produtos de marcas definidas, vendidas na maioria dos supermercados e destinados a quem procura a marca e, o cabaz 2, abrangendo 81 produtos e destinado a quem olha para a prateleira e leva o produto mais barato. Para o primeiro cabaz, a Minipreço e os supermercados Pingo Doce constituem a melhor opção, seguindo-se o Continente (2º), vindo a seguir Intermarché, Ecomarché, Feira Nova e Jumbo, todos em terceiro. Carrefour, E. Leclerc, Modelo e Pão de Açúcar ficam-se pela quarta posição relativamente ao cabaz 1. Quanto ao cabaz 2, a cadeia Plus mantém o primeiro lugar conquistado desde 2004 à Lidl, que continua em segundo lugar isolada. Nos terceiros e quartos lugares vêm o Continente, seguindo-se Carrefour e o Jumbo. Braga e Porto são as regiões onde as compras são mais baratas, seguindo-se Aveiro (em 2º), Castelo Branco e Viseu (3º), Coimbra, Évora e Lisboa. O Intermarché das Caldas das Taipas, em Guimarães e, o Pingo Doce, de Oliveira do Bairro, da Sertã são os que apresentam preços mais baixos de todo o país, em termos do cabaz 1. No cabaz 2, dos 10 supermercados mais baratos, 3 são do distrito de Braga, 2 em Aveiro, 2 de Leiria e 1 de Castelo Branco, 1 no Porto e outro de Coimbra, enquanto que os mais caros situam-se no distrito de Lisboa: o Polisuper em São João do Estoril e o Super G , na Parede. Entre as regiões mais caras, mantêm-se a Guarda, Bragança e Vila Real, esta última apesar de em 2005 ter melhorado a sua posição. As diferenças de preço numa mesma cidade podem ser enormes, adianta Pro Teste, adiantando que Lisboa, Faro e Beja são os distritos onde os preços variam mais, pelo que o "consumidor tem de escolher cuidadosamente o sítio onde vai fazer as compras", alerta a revista. Um exemplo da situação em Lisboa, é a de um consumidor em Lisboa gastar por mês 250 euros em compras. Se optar pelo pingo Doce, na Avenida 5 de Outubro, em vez do A.C. Santos, na mesma avenida, poupará todos os meses mais de 47 euros, ou seja, 573 euros por ano. Em Benfica, a situação é idêntica, se o consumidor preferir o Pingo Doce do centro Fonte Nova ao A.C. Santos na Estrada de Benfica, poupará quase 500 euros. Um outro caso, situa-se no Algarve, onde um gasto mensal de 250 euros no Alisuper de Albufeira, pode ser contrabalançado por um poupança de 60 euros mês no Pingo Doce local, ou seja, cera de 700 euros ano.Diário de Aveiro |