A PJ ENTROU DE ROMPANTE NO ACAMPAMENTO

A Polícia Judiciária de Aveiro deteve, na madrugada da última sexta-feira, durante uma operação relâmpago, efectuada a um acampamento de indivíduos de etnia cigana, em Oiã, dois homens, um dos quais o presumível responsável pelos disparos, efectuados contra uma patrulha da GNR de Bustos, no dia 11 de Janeiro de 2006.

Carro referenciado

Jornal da Bairrada sabe que o presumível detido é um jovem de etnia cigana, que se fazia acompanhar de uma arma de canos serrados que também foi apreendida durante a operação que contou com o apoio da Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Anadia.

Segundo um dos moradores das proximidades do acampamento, a PJ entrou, de rompante, no acampamento com as sirenes ligadas e com um megafone a avisarem que eram da PJ.

“Parecia um daqueles filmes americanos que passam na televisão”, disse um dos populares que acordou sobressaltado com a operação, sublinhando que “as barracas foram passado a pente fino”.

Fonte policial explicou ao Jornal da Bairrada que, desde a noite em que ocorreram os disparos, a GNR tinha referenciado o carro utilizado como sendo pertença de um indivíduo, residente num acampamento de indivíduos de etnia cigana, em Oiã.

No entanto, todas as investigações ficaram a cargo da PJ.

Alvejada durante perseguição

Recorde-se que a patrulha da GNR de Bustos foi alvejada a tiro, depois de se ver envolvida numa perseguição policial, não se tendo registado feridos nem danos no carro da GNR.

A perseguição policial iniciou-se quando dois soldados da GNR efectuavam uma operação de trânsito, nas imediações do quartel da GNR de Bustos, junto à rotunda do Sobreiro, e mandaram parar um carro ligeiro.

No entanto, o condutor mal se apercebeu da presença da GNR, efectuou uma manobra perigosa e colocou-se em fuga.

Os militares, perante as infracções ao código de estrada, perseguiram, de imediato, os indivíduos, seguindo pela EN-335, que liga Bustos a Aveiro.

Após dois quilómetros de perseguição policial, os indivíduos cortaram para um caminho agrícola, na zona da Tojeira, sem qualquer iluminação e extremamente estreito onde começaram a disparar.

Os disparos foram efectuados a alta velocidade, no entanto, os indivíduos acabaram por ser reconhecidos e o carro em que seguiam identificado.

Escapulir por caminhos agrícolas

Os homens acabaram por se escapulir pelo meio de caminhos agrícolas, que vão dar às freguesias da Palhaça e de Oiã. A partir destes locais, a fuga foi mais facilitada devido ao número de vias rodoviárias existentes, incluindo os acessos à A1, A17 e IP5.

Fonte policial, na ocasião, tinha sublinhado ao JB que o grupo, que fora referenciado no crime ocorrido em Estarreja - conhecido por disparar facilmente contra agentes da autoridade - não estaria implicado neste caso.

A mesa fonte disse ainda que a patrulha em causa teve um procedimento exemplar ao efectuar o serviço convenientemente ao não colocar em causa a integridade física e o património do Estado.

Na ocasião, a GNR suspeitou que os indivíduos estivessem a esconder alguma coisa ou que tivessem acabado de praticar um crime, pois mal se aperceberam da operação STOP, colocaram-se em fuga efectuando manobras perigosas.

Pedro Fontes da Costa
pedro@jb.pt
Diário de Aveiro



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