OS MEIOS HUMANOS VÃO ACTUAR DEVIDAMENTE PROTEGIDOS

O areal da praia da Torreira (distrito de Aveiro), onde na quarta-feira apareceram mortos nove gansos-patola, vai ser revolvido por uma equipa camarária, por solicitação da Delegação de Saúde, disse à Lusa fonte municipal.

Januário Cunha, da Câmara Municipal da Murtosa, revelou que a operação vai ser feita por quatro funcionários municipais com um tractor munido de um dispositivo para revolver a areia, com o objectivo de detectar mais alguma ave morta que possa estar semi- enterrada.

"Os meios humanos vão actuar devidamente protegidos, em condições que foram discutidas com a Delegação de Saúde, nomeadamente com máscaras, luvas, batas e calçado apropriado", disse Januário Cunha.

Januário Cunha confirmou que as aves encontradas mortas são todas da mesma espécie e foram levadas por técnicos da Direcção Regional de Agricultura da Beira Litoral para análises, cujos resultados são aguardados pelo veterinário municipal e pela autarquia.

"Aguardamos que ainda hoje até ao final do dia, ou amanhã, nos sejam comunicados os resultados, mas julgamos que não haverá motivos de preocupação maior", explicou.

O vereador do Ambiente diz que o aparecimento de aves mortas na praia da Torreira "é muito comum, nomeadamente com a espécie em questão, o que se explica pela migração dos gansos-patola, "sobretudo em Outubro e em Março".

"Morrem por exaustão e ao serem apanhados por vagas. É perfeitamente normal e as pessoas de cá sabem que é comum", afirmou o responsável.

Januário Cunha admitiu que a situação está a ser acompanhada por especial atenção desta vez devido ao contexto da gripe das aves "a que a Câmara da Murtosa não é nem podia ser indiferente".

Fonte da GNR confirmou que permanece na Torreira uma patrulha "para prevenir alguma situação", mas esclareceu que a praia onde apareceram as aves não foi interditada por aquela força de segurança.

"Apenas fizemos um perímetro de segurança enquanto os técnicos recolhiam algumas aves que apareceram mortas, para poderem trabalhar", esclareceu Manuel Afonso, comandante do Destacamento da GNR de Ovar.
Diário de Aveiro



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