EM 2005, CORRERAM MAIS DE UM MILHAR DE PESSOAS

A entrada de uma nova administração revolucionou por completo o Kart Club de Oiã e respectivo Kartódromo. Os novos inquilinos deram-lhe visibilidade, promoção e movimento. No ano passado, passaram no Kartódromo entre oito a dez mil pessoas, e, no futuro, a perspectiva é que tudo continue a correr sobre rodas.

APOSTA GANHA

O Kart Club de Oiã (KCO) foi fundado a 11/9/1994. Desde Abril de 2004, que conta com uma nova administração, liderada por Francisco Salvadorinho e Miguel Costa, numa estrutura de dez pessoas a tempo inteiro, onde está englobado o Kartódromo e restaurante.

Nos quase dois anos de gerência, os novos administradores, que ficaram com a totalidade do capital social, exploram o clube, kartódromo e restaurante, limparam a imagem negativa que tinha junto dos seus clientes. Mais carros, mais e melhores infra-estruturas, e a organização de vários eventos.

Francisco Salvadorinho foi o porta-voz, e falou do passado, presente e futuro do Kart Club de Oiã.

Sobre o balanço que faz destes cerca de dois anos, aquele responsável começou por admitir que “a utilização normal do KCO, e não quero utilizar o termo batido no fundo, não funcionava, não tinha adesão”, resumindo que “com a realização de provas, como o troféu empresas e bares e outros eventos, trouxe ao clube mais dinâmica. O nosso lema não é esperar que eles venham, entenda-se clientes, vamos nós à procura deles”.

Sobre a expressão ter batido no fundo, Francisco Salvadorinho diria que “não tem nada a ver com questões de números ou de facturação. Havia pessoas que não vinham cá e voltaram, outros não sabem que o kartódromo existe, mas a nossa tarefa visou recuperar os clientes, o que foi e está a ser conseguido”.

Questionado se só lavaram a cara ao clube com os troféus empresas e bares realizados, Francisco Salvadorinho disse: “Andámos a lamber papéis daqueles que tinham cá andado e recuperamos clientes fixos. Em 2005, só em provas organizadas por nós, correram mais de um milhar de pessoas, duas mil em convívios, organizados pelos clientes, e 5500 com clientes pontuais, num total entre as oito e as dez mil pessoas. É significativo, mas trata-se de uma questão de movimento que antes não tinha”.

A administração tem trazido empresas que nunca tinham vindo a Oiã, outras que deixaram, mas regressaram, e não querendo fazer do espaço um arraial minhoto, pois tudo o que fazem é à medida das hipóteses de cada um, o KCO está no bom caminho. E, para que isso fosse possível, reestruturou o espaço. Conta com um restaurante, bar com música ao vivo, renovou a pista, torre de controlo, obras no recinto, alcatroamento do parque fechado, parqueamento de manutenção dos kartings, frota (34) renovada de carros para organização de eventos e loja com venda de material.

“Gente de fora”

Em relação a apoios, até à data, a administração só recebeu 500 euros, mais IVA, da Rota da Luz, referente a patrocínio do Troféu Bares 2005. “Esta é a única infra-estrutura em Oliveira do Bairro, inserida numa zona industrial, que traz gente de fora, sendo nossa intenção que as pessoas permaneçam aqui mais tempo, mas há quem não entenda isso”, frisou Francisco Rocha, relações públicas.

O KCO, para além das provas já mencionadas, já fez uma prova de carros importados a contar para o campeonato nacional, e, segundo Francisco Salvadorinho, em onze anos de existência do Kartódromo, a única coisa que foi feito de diferente foi uma prova de Vespas, que esta administração ainda não conseguiu fazer, mas, entre outras coisas, assevera que há muita coisa para fazer. E sobre o que há, respondeu: “Vamos apostar numa frota de carros novos e construção de balneários. No campo desportivo, vamos continuar a organizar o troféu Empresas e o GP Bares, e pretendemos lançar mais duas provas, mas que estão no segredo dos deuses, dado que as duas provas (Empresas e Bares) que lançámos foram copiadas por dois kartódromos da região centro”.

Francisco Salvadorinho quer que o KCO seja uma empresa de animação turística. Para alem do kart, o clube oferece um cem número de coisas, como desportos radicais, passeios pela ria de Aveiro, porque, uma das suas grandes metas, é apostar no lazer, deixando de lado a presunção na boca de muita gente, que o kart e seus similares não é um desporto de elite, que não é um desporto caro.

Sobre a tão badalada escola de karting, que era para arrancar no ano passado, e mesmo com pré-inscrições não avançou, Francisco Salvadorinho e Francisco Rocha, em uníssono, disseram que, este ano, não é um objectivo, e sobre os motivos por que a escola não avançou, foi pela indisponibilidade dos pais em trazerem os filhos ao kartódromo, sobretudo ao domingo de manhã, ressalvando ainda que não foi pelo preço que a escola não avançou.

Manuel Zappa
zappa@jb.pt


Diário de Aveiro



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