Manuel Silvestre, vereador da oposição (CDS/PP) na Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, acusou, na penúltima última reunião de câmara, o antigo presidente da câmara, Acílio Gala, de ter mandado efectuar um alcatroamento indevido. É que um arruamento nos Carris, Oiã, foi alcatroado, em tempo de campanha autárquica, sem que as caixas de saneamento tivessem sido levantadas, obrigando, agora, a câmara a pagar a um empreiteiro para as subir. “Obras à pressa” Perante a aprovação ou não de uma factura de 600 euros para subir as tampas de saneamento que foram tapadas por uma camada de alcatrão, - colocada, segundo António Mota, vereador do pelouro das obras, “à pressa, por causa da campanha eleitoral” - , Manuel Silvestre disse não ter dúvidas de que “Acílio Gala não devia ter dado a ordem para alcatroar a estrada”. Manuel Silvestre defendeu ainda que este alcatroamento devia ter sido fiscalizado, enquanto que Mário João, presidente da câmara, sublinhou “tratar-se de um exemplo daquilo que não pode acontecer”, acrescentando que “todos os trabalhos têm que ser negociados, adjudicados e fiscalizados, já que pretendemos levar a efeito obras com uma gestão transparente e de rigor”. O novo edil aproveitou ainda para informar o executivo de que os chamados trabalhos a mais, cobrados nas empreitadas, vão terminar, uma vez que, a partir de agora, serão considerados “sempre novos trabalhos, para que todos saibamos que obras estão em causa, até porque é um imperativo legal”, afirmou o autarca, Ainda relativamente à estrada alcatroada, António Mota afirmou que “isto é a prepotência de quem pode e mandava. É um caso que não tem nada a ver com o vereador e com os serviços de fiscalização”. ”As caixas deviam é ter sido levantadas antes do alcatroamento”, acrescentou o vereador. Pedro Fontes da Costa pedro@jb.ptDiário de Aveiro |