Depois da descida de divisão, a LAAC está apostada em regressar, de novo, ao convívio dos grandes do futebol distrital aveirense. Apetrechou a equipa nesse sentido, numa colectividade que aguarda pela conclusão das obras do campo da Canada. Pelo seu estatuto social e cultural a LAAC é uma instituição grande, mas com estas novas infra-estruturas o futuro será risonho. No bom caminho O início do campeonato tem corrido (já é líder) dentro das expectativas dos seus responsáveis, mesmo com os problemas de ter de andar com a casa às costas. A equipa treina, tal como os juniores, em Paradela e joga no Municipal de Águeda. Esta situação acarreta sempre grandes transtornos, o que levou a secção de futebol a desistir do escalão de Iniciados. Escolas e Infantis (jogam no campo de futebol sete da LAAC), Juniores (campo Carlos Batista em Paradela) e seniores são as quatro equipas no activo, mas no futuro o clube pretende mais. Hélder Santiago, vice-presidente da secção de futebol, foi o porta-voz da direcção. Sobre as novas infra-estruturas no campo da Canada, que englobam relvado sintético, balneários novos, iluminação, campo de futebol de sete pelado, e depois destas obras prontas, o próximo objectivo é a construção de uma bancada. “O nosso desejo é que as obras sejam concluídas, o mais rapidamente possível. Fins de Novembro, princípio de Dezembro, é o prazo previsto, esperamos que tudo corra bem”, sublinhou Hélder Santiago. Como atrás se disse, Paradela e Municipal de Águeda são os locais dos treinos e jogos dos juniores e seniores. Hélder Santiago deixou um grande agradecimento à direcção do SC Paradela e à Câmara Municipal de Águeda pela cedência das suas instalações. Numa visão das obras, o vice-presidente da secção de futebol da LAAC, referiu que “os horizontes serão alargados para a prática desportiva, para mais escalões, se a freguesia de Aguada de Cima contribuir com mais material humano. Apesar da LAAC ser um pólo aglutinador de muita gente, o futebol precisa de mais directores”. Questionado se com estas novas infra-estruturas até onde pode ir a LAAC, uma possível subida aos nacionais, Hélder Santiago respondeu: “De momento, não é a nossa meta, mas somos audazes e se conseguirmos esse objectivo, era com honra e alegria que disputaríamos a terceira divisão nacional. Seria um marco histórico para a instituição”. Com um orçamento global (para as quatro equipas) de 60 mil euros, a LAAC conta com o apoio da Caixa de Crédito Agrícola de Aguada de Cima, empresas amigas da freguesia e concelhos limítrofes, amigos da LAAC, junta de freguesia de Aguada de Cima e Câmara Municipal de Águeda. Quanto aos objectivos, Hélder Santiago foi claro: “ É a subida de divisão. Foi a meta traçada, o resto que vier é por acréscimo. Passa também por estruturar o clube de molde a que não ande nas subidas e descidas dos últimos anos”. Plantel à sua imagem Depois de uma passagem fugaz pelo Aguinense e de pegar na LAAC, no início da segunda volta do campeonato da época passada, de ter ido à final da Taça de Aveiro, derrotado nas grandes penalidades frente ao Paços de Brandão, Paulo Esgueirão mereceu a confiança dos dirigentes e continua como treinador. Não evitou a descida de divisão, perder a final da taça custou-lhe mais do que descer de divisão, mas agora abraça um projecto de início e mostra-se confiante no seu trabalho. Instado a pronunciar-se se este é o maior desafio da sua curta carreira como treinador, Paulo Esgueirão disse: “É. É a primeira vez que tenho a oportunidade de construir um plantel à minha imagem, um plantel com qualidade, muito equilibrado, onde existe uma grande cumplicidade entre jogadores, equipa técnica e direcção”. No que toca a objectivos, Paulo Esgueirão foi lapidar: “O único pensamento é a subida de divisão, e não nos passa pela cabeça outra situação que não seja essa. Não vai ser um desafio fácil, porque somos um alvo a abater, a equipa com mais pergaminhos nesta série, e motivar os meus jogadores em alguns jogos, onde as condições que vamos encontrar não são as ideais para a prática do futebol, ou que não estão habituados, poderá jogar contra nós”. Paulo Esgueirão comunga das mesmas ideias da direcção. Quer subir e tudo o que vier por acréscimo, como ser campeão de série e disputar o título distrital, será vem vindo. Sobre as actuais condições de trabalho, de andar com a casa às costas, o técnico da LAAC garantiu que “não poderá servir de desculpa para algum desaire que nos possa acontecer. O plantel é da minha inteira responsabilidade e, se algo correr mal, a responsabilidade será só minha e não da direcção, como é óbvio”.
Manuel Zappa PLANTEL Guarda-redes: Noronha (ex-Serém) e Gil (ex-Vouzelenses). Defesas: Melo, Paulo Rui, João Pedro (ex-Vouzelenses), Nuno Santos (ex-Fermentelos), Dinis (ex-Macinhatense), Sidney (ex-júnior), Reis e JP (ambos ex-BARC). Médios: Hugo Bi, David, Pedro Filipe, Malafaia (ex-Estarreja), Pinho e Jó Figueiras (ambos ex-Valonguense). Avançados: Bruno Leal (ex-Alba), Jorge Silva (ex-Paredes do Bairro), Pedrito (ex-Troviscalense), Álvaro (ex-Estarreja), Fredy (ex-Macinhatense) e Fredy (ex-Águeda). Treinador: Paulo Esgueirão Treinador adjunto: Hugo Patrocínio Massagista: Mário RibeirinhoDiário de Aveiro |