Custou aproximadamente 45 mil euros e será inaugurado no próximo dia 2 de Outubro. Falamos do polidesportivo descoberto da Associação Cultural e Recreativa da Cêrca-S.Pedro que, este ano, comemora bodas de prata. E é precisamente no âmbito das comemorações dos 25 anos de existência da associação que, no próximo domingo, dia 2 de Outubro, será inaugurado um dos equipamentos desportivos que mais falta fazia às gentes do lugar, sobretudo às camadas mais jovens. Associação “modelo” Falamos, sem dúvida, de uma das associações “modelo” do concelho de Anadia que, graças ao empenho e dinamismo dos seus corpos directivos e associados, tem conseguido levar a bom porto um conjunto de projectos que visam, não só a promoção e o desenvolvimento do associativismo e recreio, mas também contribuir para o bem estar das gentes do lugar onde está inserida. Localizada no que fora outrora um edifício escolar (antiga Pré-Primária), a ACR Cêrca-S.Pedro conta, presentemente, com cerca de 200 associados. Liderada por Manuel Veiga, a colectividade conseguiu, em quatro anos, tornar realidade um sonho com 25 anos de existência - construir e inaugurar o polidesportivo descoberto. Uma obra só possível graças à “colaboração”, da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal de Anadia, como revelou a JB Manuel Veiga, presidente da direcção. Orgulhoso pelo facto da associação que lidera ser um “modelo” para muitas outras associações do concelho, uma vez que após a sua fundação, em 1980, não mais parou de crescer. Embora seja a única associação existente nos dois lugares (Cêrca e S.Pedro), também não é menos verdade que tem sabido dinamizar e promover a união na população local, nas mais variadas actividades ligadas à cultura e recreio. O polidesportivo descoberto, que demorou quatro anos a construir, “é prova do esforço, dedicação e envolvimento de todos”, sublinhou Manuel Veiga, sem esquecer o “impulso” dado pela Câmara Municipal de Anadia que, “em boa hora, nos doou a verba necessária (600 contos) para a aquisição dos dois terrenos para a sua construção”, diria. O polidesportivo, que foi construído a escassos cem metros da sede da Associação, está dimensionado e equipado para a prática de diversas modalidades - ténis, andebol, basquetebol e futsal. No entanto, Manuel Veiga não deixa de explicar que “a obra ainda não acabou e vamos iniciar, em breve, a construção dos balneários que dizem respeito à segunda fase da obra”, havendo também o compromisso da autarquia para melhorar a estrada de acesso e a colocação da respectiva iluminação. O polidesportivo que ocupa 1700 metros quadrados de terreno está ao dispor de todas as pessoas do lugar, no entanto Manuel Veiga reconhece que os utilizadores privilegiados serão “os maias jovens da terra, ávidos por um espaço onde possam praticar as modalidades que mais gostam, sem ter de recorrer a espaços improvisados e emprestados.” Manuel Veiga diz ainda que “com a obra concluída, talvez esteja na altura de dar lugar a outros,” até porque se trata de uma povoação “com gente muito válida”, que tem sabido “manter-se unida, onde não existem tricas e que consegue ser colaborante e solidária.” CAIXA Recreio e cultura também têm lugar Tal como referimos, a ACR Cêrca-S.Pedro não é só a sede e o polidesportivo. No seu calendário de actividades anuais leva a cabo, sempre com grande sucesso e adesão de participantes, uma série de iniciativas que passam pelo tradicional passeio cicloturista, que se realiza em Julho, mas também pelas habituais Jornadas Culturais que a associação leva a cabo em Outubro. Uma iniciativa que costuma contar com a colaboração da autarquia anadiense, que disponibiliza um autocarro para que a associação possa levar crianças, idosos e famílias mais carenciadas do lugar a um passeio. Uma excursão que permite que muitos visitem, pela primeira vez, os lugares da deslocação. Este ano, a visita será realizada à Marinha Grande, mais concretamente às fábricas vidreiras e ao Museu do Vidro. Uma outra iniciativa de destaque passa pelos cursos de bordados e de artes decorativas que acabaram por envolver um significativo número de pessoas, com um resultado final (trabalhos) bastante interessante, não esquecendo ainda a realização de jogos tradicionais e a participação, sempre regular, no Carnaval de Avelãs de Cima. Habitual é também, em Junho, a Associação realizar uma festa de cariz popular (vésperas de S.Pedro) que reúne muita gente à volta de uma sardinhada, regada com os vinhos da região e de boa música.
Catarina CercaDiário de Aveiro |