O líder do CDS-PP afirmou hoje ter "uma grande certeza e uma grande fé" na vitória da coligação do seu partido com o PSD no con celho de Aveiro, enaltecendo "a saúde" da aliança, depois de anos de rivalidades partidárias. "Tenho uma grande certeza e uma grande fé na eleição de Élio Maia" para a presidência da Câmara Municipal de Aveiro, afirmou José Ribeiro e Castro, que falava num comício no pavilhão desportivo do Beira-Mar que reuniu cerca de 200 pessoas. "Senti a saúde da coligação. Esta coligação tem condições para ser a al avanca da mudança em Aveiro", disse. É a primeira vez que o PSD e o CDS-PP se juntam para tentar conquistar a câmara de Aveiro ao PS, facto que foi saudado pelo líder democrata-cristão, qu e reconheceu as rivalidades entre as duas forças partidárias no distrito. "A coligação é um sinal de que souberam interpretar a aspiração de muda nça dos munícipes, apesar das rivalidades ao longo de muitos anos", considerou. Em ambiente de festa, com bandeiras azuis do CDS-PP e laranja do PSD, R ibeiro e Castro aproveitou para apelar ao voto de protesto contra o governo nas eleições do próximo dia 9, dizendo que combater o PS em Aveiro "é o mesmo que co mbater o Governo" porque "o PS é o mesmo". Responsabilizando o Governo socialista pela "grave situação económica e social", Ribeiro e Castro disse mesmo que "é difícil a vida de um líder da opos ição em campanha eleitoral porque não se passa um dia sem que tenha que comentar algo grave". O presidente do CDS-PP acusou José Sócrates, secretário-geral do PS, de "não dizer uma palavra sobre autárquicas" na campanha eleitoral, devolvendo as críticas de "oportunismo político" que o primeiro-ministro dirigiu ao CDS. "O que é oportunismo é o primeiro-ministro anunciar que vão repor benef ícios fiscais sem dizer qual o enquadramento que está na base dessa decisão. O q ue é oportunismo é o primeiro-ministro dizer que vai dar benefícios socais sem d izer como o vai fazer", criticou. O secretário-geral do PS, José Sócrates, acusou terça-feira à noite o P SD e o CDS-PP de "oportunismo político" e de "fuga à responsabilidade" pela situ ação em que os seus governos deixaram o país há seis meses.Diário de Aveiro |