O Comandante dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Bairro, Mário Bastos, vai cessar funções a partir do dia 30 de Agosto, confirmou ao Jornal da Bairrada, o presidente da direcção dos Bombeiros de Oliveira do Bairro. Razões desconhecidas Rui Barqueiro confirmou ao JB que o Comandante comunicou no dia 15 deste mês que ia cessar funções, no entanto, afirmou desconhecer as razões que levaram aquele a pedir a demissão do cargo, explicando ainda que neste momento a direcção se encontra a diligenciar no sentido de resolver o problema. Apesar disso, Barqueiro afirma que a direcção mantém confiança no comandante, naquilo que este possa fazer até ao dia 30. Recorde-se que Mário Bastos, que procurámos contactar sem êxito, é Comandante dos Bombeiros de Oliveira do Bairro há 31 anos, desde a altura em que foi um dos fundadores desta associação humanitária. Em termos distritais ocupa um lugar de relevo, como Comandante de sector operacional. Quebra de laços Entretanto JB sabe que “a quebra dos laços de confiança e a inexistência de condições psicológicas para trabalhar em conjunto” foram algumas das razões evocadas no pedido de inactividade, com efeitos imediatos, entregue no dia 2 de Fevereiro pelo Segundo Comandante e pelo Adjunto do Comando dos Bombeiros de Oliveira do Bairro ao Comandante da corporação. Na sequência deste pedido, estão várias divergências internas entre os dois graduados, que pediram inactividade, e o Comandante dos bombeiros as quais levaram a uma situação de ruptura. Actualmente ambos os graduados, apesar de já terem pedido, há cerca de quatro meses, o regresso à corporação, continuam à espera de autorização. Acrescente-se, no entanto, que no caso concreto do Segundo Comandante foi-lhe movido um processo disciplinar. No entanto, apesar de ter sido instaurado há já algum tempo, ainda não teve desfecho. Regresso atrasado Na mesma ocasião em que os dois graduados pediram inactividade, outros seis bombeiros foram solidários com os dois graduados e também solicitaram a passagem ao quadro de inactividade. Contudo, apesar de já terem pedido o regresso, continuam há quatro messe à espera de uma resposta, numa altura em que o país é varrido por uma onda de incêndios e o governo diz que todos os bombeiros são poucos. Acrescente-se ainda que o mau relacionamento gerado no interior do quartel começou em 2003, altura em que foi enviada uma carta anónima ao Comandante, agora demissionário, denunciando alegadas irregularidades.
Pedro Fontes da Costa pedro@jb.ptDiário de Aveiro |