Segundo a Rede Eléctrica Nacional (REN), que detém e gere a rede nacional de transporte de electricidade, as linhas têm resistido bem aos incêndios que têm afectado o país e, apesar ainda não ter os prejuízos contabilizados, considera que não são significativos comparados com outros.

A zona mais afectada pelos incêndios situa-se, segundo a REN, entre o Douro e o Tejo.

A empresa refere que as linhas de transporte de electricidade, ao contrário das linhas de distribuição em média e baixa tensão e das linhas telefónicas, não ardem por serem constituídas por materiais de difícil combustão.

Este facto explica que até ao momento a REN só tenha substituído um troço de 500 metros de cabo condutor.

As únicas interrupções no abastecimento de electricidade desde 1 de Julho, devido a incêndio, registaram-se uma vez no ponto de entrega de Pombal e por quatro vezes no ponto de entrega de Mogofores, no concelho de Anadia.

Estas interrupções foram sempre de curta duração, devido à possibilidade de realimentar os consumos através de linhas alternativas.

A REN reforçou este ano os meios operacionais de vigilância das linhas nas regiões mais fustigadas pelos incêndios.

Nesse sentido, constituiu equipas de prevenção, operacionais durante 24 horas por dia, que se deslocam aos locais para identificar as linhas em causa e desligá-las de forma a permitir o combate ao incêndio em condições de segurança.

Após o combate ao incêndio, a REN consegue restabelecer com rapidez o funcionamento das linhas de transporte de electricidade.
Diário de Aveiro