A Confraria do Espumante, que abrange todo o território nacional e foi apresentada em Maio de 2004, foi agora alvo da escritura pública, que decorreu no Salão Nobre do Paço Episcopal da Diocese de Lamego.

A Região Demarcada da Bairrada está representada pelo confrade Dias Cardoso, e o acto contou com a assinatura dos fundadores da Confraria que abrange todo o território nacional. Perante o Notário de Lamego, Fernando Sousa, esteve presente Arlindo Cunha, confrade Honorário, na qualidade de presidente da Associação Europeia das Regiões Vitivínicolas.

A confraria tem como principais objectivos a promoção, divulgação, valorização e a defesa de cada região, preservando a sua autenticidade, dando a conhecer toda a riqueza do seu património natural, cultural, paisagístico, arquitectónico, religioso e museológico, e ainda, apoiando o desenvolvimento do artesanato, da etnografia e da sua gastronomia, contribuindo para o combate à desertificação e constrangimento da zona rural, bem como para a dinamização da região, através d acções que associem o Espumante ao cultivo da vinha, à cultura, ao turismo e à solidariedade.

Na cerimónia da escritura, o Confrade Honorário Arlindo Cunha salientou “a extrema felicidade que constituía o facto da Confraria ser recebida no Paço Episcopal, não só pela importância do Confrade Patrono ser o Bispo de Lamego, mas também pela ligação ancestral da Igreja à produção de vinhos e espumantes”.

Arlindo Cunha referiu ainda “o exemplo fantástico de vida que é o Prof. Orlando Lourenço, que, apesar de ser uma referência na área do Espumante, em Portugal e no estrangeiro, assume sempre uma postura de humildade, fugindo de protagonismos fáceis sem nunca querer dar nas vistas.”

Já o presidente da AREV destacou: “o Espumante é um forte produto para a promoção da imagem das regiões onde é produzido, bem como, da imagem de Portugal no estrangeiro, devendo agora a Confraria do Espumante assumir um papel determinante em acções dinamizadoras na divulgação deste precioso produto”.

Por sua vez, o Confrade Patrono, D. Jacinto Botelho, com alguma emoção, agradeceu “a honra por terem escolhido o Paço Episcopal para assinatura da escritura da criação da Confraria”, congratulando-se com esse facto, realçando a relação entre a Igreja e o Vinho, uma vez que “as Confrarias nasceram à sombra da Igreja e assumem hoje um papel de relevância nas terras onde estão implantadas, sendo a solidariedade um dos sentidos que formam a base das Confrarias.”

A cerimónia terminou com um brinde ao sucesso da Confraria do Espumante - “Ab imo corde laetemur!” - (Do fundo do coração alegremo-nos!).
Diário de Aveiro