A 8ª Feira de Artesanato e Velharias do Silveiro, Oliveira do Bairro, orçada em 10 mil euros, que se realiza esta sexta, sábado e domingo, no largo do Silveiro, vai contar com a primeira Festa do Camarão. Paulo Martins, presidente da União Cultural e Recreativa e Desportiva do Silveiro (UCRDS), entidade organizadora, em entrevista ao Jornal da Bairrada, mostrou-se confiante do sucesso da iniciativa. Afirmou que pretende ainda ultrapassar a fasquia dos quatro mil visitantes, registados no ano passado e que os 80 expositores serão a chave do sucesso, “dando maior rigor e qualidade à feira”. “Novo sucesso” Jornal da Bairrada - Quais as expectativas desta edição da Feira de Artesanato? Paulo Martins - As expectativas são enormes, pois a feira vai continuar a ter a grandeza, já demonstrada em anos anteriores, e a dinâmica que lhe tem sido característica, em termos de programa cultural, desportivo e recreativo. No fundo, penso que estão reunidas as condições para que a feira seja novo sucesso, pois os dirigentes da nossa colectividade estão a trabalhar para isso. - Quantos expositores ? - Vamos ter 80 expositores, o mesmo número do ano anterior. Por razões de orçamento, não nos é permitido aumentar os expositores. Isto significa também que, assim, podemos seleccionar os artesãos, dando maior rigor e qualidade à feira. - Qual o orçamento? - A maior percentagem do orçamento da feira vai para o custo dos stands. Assim, através de intensa negociação com a empresa, que os vai montar, conseguimos reduzir o seu custo. Com muita contenção, o orçamento da feira será de 10 mil euros, ou seja, menos 5 mil euros em relação ao ano anterior. É bom referir que para uma associação do nosso âmbito é muito difícil promover um evento desta envergadura, pois, normalmente, são autarquias e juntas de turismo que os promovem. Expositores de Norte a Sul - Quem apoia financeiramente a iniciativa? - Os apoios vêm do Instituto Português da Juventude, Câmara Municipal de Oliveira do Bairro e Junta de Freguesia de Oiã, bem como de algumas empresas da região. É óbvio que a colectividade tem que trabalhar muito para equilibrar as contas da feira. Mas é muito importante o trabalho dos meus colegas dirigentes para dar corpo a um evento destes. - De onde são os expositores? - Praticamente de todas as regiões do país, o que demonstra bem a grandeza e a qualidade da feira. Em termos de artesanato, temos áreas como as esteiras, cestaria, arte sacra, tecelagem, marinharia, doçaria, olaria, pintura, bem como as velharias. - Está nos planos da associação, a mudança do local da realização da feira. Ou será sempre a feira do Silveiro? - É evidente que uma feira, com oito anos e com a grandeza desta, já tem o seu lugar bem vincado. Também é verdade que foi necessário muito trabalho e empenho para atingir o nível já patenteado. Daí que continuará a ser uma forte aposta da nossa associação e será sempre a Feira de Artesanato e Velharias do Silveiro. - Quando o Pavilhão de Feiras estiver a funcionar em Vila Verde equaciona realizar lá a feira? - O local onde a feira é realizada tem excelentes condições para a sua realização. Todo o trabalho que já desenvolvemos, não deve ser deitado fora. Todavia, esse é um problema delicado e que deverá ser analisado e equacionado na altura própria. Artesanato e espumante - Artesanato, espumante, camarão e inércia. Não acha que são demasiados eventos? - Dadas as dificuldades económicas para a realização da feira, temos que delinear iniciativas que funcionem como receita e sejam, simultaneamente, atractivo para o público. É o que acontece com a Festa do Leitão e do Espumante e a Festa do Camarão. Mas, os três dias de feira são muito intensos em termos de actividades, pois pretendemos que seja uma actividade bem marcante. - Quantas pessoas visitaram a feira no ano passado? - É sempre difícil contabilizar. As entradas são gratuitas e o espaço é aberto, mas foram, seguramente, mais de 4 mil visitantes que passaram pelo Silveiro. - Qual é o programa de animação? - É um programa bem diversificado, que vai desde a música popular ao folclore, passando pela animação de rua, cantadores ao desafio, prova de ciclismo e este ano com um espectáculo com alguns dos finalistas do programa televisivo “Chuva de Estrelas”. Teremos também uma recolha de sangue, promovida pela ADASMA, e não faltarão os insufláveis para os mais pequenos. - Compensa à UDCRS realiza a feira? - É claro que fazemos um esforço financeiro enorme. Mas, o prestígio e a demonstração que uma associação como a nossa consegue promover um certame desta dimensão, é o estímulo para o trabalho desenvolvido. Esta feira tem tido grande cobertura televisiva em vários anos, o que diz bem da sua grandeza e do prestígio granjeado. É essa publicidade que fazemos ao Silveiro e à associação, no fundo, o contributo para o prestígio da nossa terra que nos dá alento para continuar a realizar a Feira de Artesanato e Velharias. - A feira tem vindo a evoluir ao longo dos anos? - Claro que sim. Devo recordar que no primeiro ano tivemos 14 expositores. Depois, foi sempre a crescer até atingir este nível que temos vindo a manter. Com mais alguns apoios, por certo, a feira ainda seria maior, mas penso que já deve constituir motivo de orgulho de todos. E da nossa parte, fica a certeza de continuar a acarinhar este projecto de elevado valor cultural. Programa 27 de Maio - Sexta 18.30 horas, Abertura da Feira 22 horas, Cantares do Silveiro 28 de Maio - Sábado 15 horas, 7º Circuito Ciclista do Silveiro 21.30 horas, Espectáculo com os finalistas do Chuva de Estrelas 29 de Maio, Domingo 16 horas, Festival de Inércia - Organização do Viv’arte 16.30 horas, Grupo Folclórico Identidade Lusa 17.30 horas, Grupo Etnográfico de Recardães 18.30 horas, Cantadores ao desafio: Loureiro de Barcelos 20.00 horas, Encerramento da FeiraDiário de Aveiro |