Rui Bastos e João Morais são os candidatos à Câmara e Assembleia Municipais pela CDU, às próximas eleições autárquicas. Aproveitando o jantar de duplo aniversário - 31º aniversário do 25 de Abril e 84º aniversário do PCP, que contou com a presença do ex-líder, Carlos Carvalhas - a CDU apresentou, durante um jantar comemorativo, realizado no passado dia 24 de Abril, nas Caves S.João, em S.João de Azenha, perante várias dezenas de militantes e simpatizantes, os dois principais candidatos. Contudo, esta foi a primeira fase das apresentações, uma vez que a Coligação Democrática Unitária irá, oportunamente, apresentar os candidatos às cinco Juntas de Freguesia a que vai concorrer. Importante batalha Mogofores, Avelãs de Caminho, Moita, Arcos e Sangalhos são as freguesias em que a CDU aposta fortemente nas Autárquicas de 2005, com o objectivo primeiro de conseguir o melhor resultado eleitoral de sempre. Num evento que contou ainda com a presença dos dirigentes locais (Anadia, Oliveira do Bairro e Mealhada) e da DORAV, a CDU-Anadia, pela mão de José Paixão não deixou de sublinhar “a importante batalha” que o partido irá enfrentar, destacando como principais objectivos a eleição de João Morais para a Assembleia Municipal, conquistar a eleição de mais um deputado na freguesia de Sangalhos e provocar um “bom abanão” na freguesia de Arcos, Mogofores Moita e Avelãs de Caminho. De resto, explicou este responsável “um sonho” que se pode realizar com muito trabalho e alguma facilidade, na medida em que João Morais é, neste momento, a voz da CDU na Assembleia de Freguesia de Sangalhos, portanto, uma pessoa com bastante experiência política. Para alcançar o melhor resultado eleitoral de sempre, superior ao alcançado, há quatro anos, a CDU pretende, em Anadia, conquistar o eleitorado descontente com as políticas de direita. Isso mesmo foi também sublinhado pelo candidato à Câmara Municipal, Rui Bastos, que apelou ao “redobrado envolvimento de todos os activistas”, até porque, na sua opinião, “as prioridades camarárias não correspondem, nem de perto nem de longe, às preocupações dos anadienses”. Anadia precisa de quem sirva sem se servir Rui Bastos referia-se ao que diz ser “obras de fim de mandato, um pouco espalhadas por todo o lado e as promessas de que agora é que vai ser”. Para o candidato à câmara anadiense, “Anadia precisa de quem sirva sem se servir, de quem esteja de facto disponível para planear e decidir os destinos do concelho, e não de quem tenha como primeira preocupação os seus próprios interesses particulares”, acrescentando ainda que “Anadia precisa de gente empenhada, que mobilize o povo para levar por diante o muito que falta fazer, de uma força que rompa o longo ciclo de políticas municipais desastrosas”. Apelando novamente aos militantes e simpatizantes recordou que “a CDU tem uma equipa capaz, honesta e competente, com todas as condições para estar presente nesses órgãos, bem como para os poder liderar”, até porque “o nosso programa definirá a postura e estilo de trabalho que nos propomos adoptar, claramente marcadas pela abertura e pelo diálogo com as populações e instituições do concelho”, concluindo que “ a CDU será, através dos seus eleitos, uma voz empenhada, com coerência e abertura na construção de um concelho moderno, virado para o futuro, no qual dê gosto viver”. “Os valores do 25 de Abril estão ancorados nos corações de todos nós” Também o convidado de honra e ex-secretário Geral do Partido destacou a necessidade de “obter bons resultados nesta batalha importante” até porque o partido “precisa de consolidar os resultados obtidos nas legislativas”, sublinhando que essa batalha “terá de ser travada por todos e não só pelos eleitos”. Convicto de um resultado, Carlos Carvalhas realçaria também que “os valores do 25 de Abril estão ancorados nos corações de todos nós” razão pela qual o resultado só poderá ser “o melhor de sempre”. Carlos Carvalhas teceu ainda duras críticas ao actual governo socialista: “o novo governo não começou bem, pois não se combate a pobreza sem dar resposta às pensões, aos salários e ao desemprego”, concluindo que “hoje, em pleno século XXI temos as mesmas chagas sociais com que os nossos antepassados entraram no século XX”, o que obriga a lutar continuamente pelos ideais de Abril: “igualdade, liberdade, solidariedade e fraternidade”.
Catarina CercaDiário de Aveiro |