Os moradores do Edifício da Vila, em Sangalhos, queixam-se de vários defeitos de construção do prédio onde residem, com ênfase para a falta de uma baixada de energia eléctrica definitiva que tem originado uma série de problemas eléctricos. Electrodomésticos avariados Argumentam que os 12 apartamentos, referentes a dois edifícios, estão a ser abastecidos por um quadro eléctrico de obras, e que o empreiteiro já foi chamado, diversas vezes, à atenção. No entanto, continua a não mandar efectuar a ligação porque em causa poderá estar o pagamento de cerca de 10 mil euros à EDP. Segundo Bruno Velha, administrador do condomínio, para além das centenas de euros, já gastos na reparação de electrodomésticos, que foram avariados pelas sucessivas quebras de tensão, deparam-se também com problemas de escoamento das águas dos telhados, saneamentos e a falta de impermeabilização da placa da cave que não está bem vedada. Para além de todos estes problemas, têm agora a EDP a ameaçar cortar a luz ao prédio. Apelo ao bom senso Bruno Velha já apelou, várias vezes, à boa resolução do problema, mas até hoje, nada conseguiu e por isso admite apresentar uma queixa judicial contra o empreiteiro, recordando que o prédio foi habitado em Julho de 2003, e que “desde logo fomos confrontados com problema de água, gás e luz porque ainda não estavam ligados. Se os dois primeiros problemas foram solucionados, o terceiro mantém-se”. O administrador do condomínio, que também é morador no edifício, afirma que existe uma séria dificuldade em entrar em contacto com o empreiteiro, que até hoje nunca compareceu em nenhuma reunião de condomínio, e que, por este andar, “ainda ficamos todos às escuras”. Este responsável afirma ainda que o caricato da situação é que Manuel Neves, empreiteiro responsável pela construção do prédio, continua a pagar a electricidade mensalmente e após ter recebido as queixas dos moradores, enviou, de seguida, uma carta a informar o condomínio que “se encontra a débito e a liquidar por V. Exas o montante de 5.303.49 euros relativo à soma das facturas que já liquidei da electricidade consumida”. Mas o condomínio já fez saber, por escrito, que “não é devedor de qualquer quantia, até porque só poderá ser exigida, depois da situação da baixada da electricidade estar concluída e o prédio estar completamente conforme a licença de habitabilidade que recebemos depois de assinar as escrituras de aquisição das várias fracções”. Bruno Velha diz que o último prazo que deram ao empreiteiro já terminou e que agora vão equacionar uma acção judicial. Jornal da Bairrada tentou, sem êxito, entrar em contacto com o empreiteiro responsável pela obra.
Pedro Fontes da CostaDiário de Aveiro |