Cerca das 6:15 locais (5:15 em Lisboa), as autoridades permitiram que os primeiros fiéis, vindos de várias direcções, entrassem na grande avenida, onde centenas de pessoas dormiram durante a madrugada, e depois na Praça.

Estimativas indicam que podem caber na Praça entre 200.000 a 300.000 pessoas, a maioria das quais formam já longas filas em três portas de acesso.

A abertura da avenida foi recebida com aplausos pela multidão, encabeçada por um grande grupo, onde pontificavam dezenas de bandeiras polacas.

Ainda enrolados em cobertores fornecidos pela protecção civil italiana, os fiéis, a maioria dos quais jovens, conseguiram chegar até à entrada da praça, onde novo controlo policial tentou gerir a entrada da multidão.

Em vários pontos da avenida, os confessionários improvisados - na sua maioria com duas cadeiras de plástico - continuaram a ser presença constante e num deles surgiu a indicação de que são aceites confissões em inglês, francês, alemão e italiano.

O forte contingente policial é visível em toda a zona e ao longo de um corredor central fechado por barreiras de metal e reservado para serviços médicos e apoio auxiliar.

Apenas jornalistas com acreditações especiais, posições previamente marcadas e coletes amarelos, fornecidos pelo Vaticano, podem chegar às zonas reservadas da Praça de São Pedro.

Os restantes têm de integrar a multidão, onde são visíveis pelo menos duas bandeiras portuguesas.

A cidade de Roma está totalmente parada, com os carros particulares impedidos de circular desde as 02:00 (01:00) até às 18:00 (17:00) de hoje.

As lojas, escolas e outras estruturas encontram-se encerradas e policias e militares montaram um grande cerco de segurança em torno do Vaticano.

Cerca das 04:00 locais (03:00) já eram visíveis grandes grupos de pessoas a caminhar para o Vaticano, com milhares de fiéis a chegar aos arredores da cidade em autocarros de várias zonas de Itália e da Europa, nomeadamente da Polónia.

Pouco depois, a televisão do Vaticano começou a transmitir um documentário sobre a vida do Papa João Paulo II em ecrãs gigantes colocados em vários locais do Vaticano e da capital italiana.
Diário de Aveiro