A Interjovem de Aveiro, organização juvenil da CGTP-IN, saudou ontem o apoio governamental à inserção de jovens licenciados no mercado de trabalho, mas exige fiscalização para evitar que sejam utilizados em tarefas inadequadas e injustamente remunerados. Numa nota hoje divulgada, aquela organização sindical saúda o anúncio feito pelo Governo de que vai apoiar a inserção e criação de emprego para mil jovens licenciados, atribuindo às empresas o valor de 500 euros por cada jovem, a título de incentivo. No entanto, a Interjovem considera que a medida "peca por escassa", justificando que, só no distrito de Aveiro e no fim de Janeiro de 2005, já havia 2.620 desempregados com o ensino superior inscritos nos centros de emprego do distrito de Aveiro. A Interjovem pretende saber como é que o Governo vai fiscalizar se esses jovens vão mesmo desempenhar funções adequadas, a fim de "provocar o dito choque tecnológico", e garantir que não sejam apenas uns quantos postos de trabalho, "pau para toda a obra, à borla para as empresas". Aquela organização questiona ainda quantos serão os jovens que vão receber o justo valor pelas funções que vão desempenhar, uma vez que serão as empresas a decidir quanto vão pagar além dos 500 euros suportados pelo Estado. Segundo dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional referentes a Janeiro de 2005, a que a organização juvenil da Intersindical se reporta, Aveiro é o quinto distrito a nível nacional com o número de desempregados registados. No distrito, esse número é cerca de 31.500 desempregados, sendo que destes, cerca de 13.000 são jovens com idades inferiores a 35 anos. Mais de metade dos jovens desempregados do distrito estão concentrados nos concelhos de Santa Maria da Feira, Aveiro, Ovar e Espinho.Diário de Aveiro |