Sérgio Lopes, atual Presidente do Partido Socialista de Ílhavo, anunciou em comunicação dirigida aos militantes que será recandidato à presidência da Comissão Política Concelhia de Ílhavo do PS nas eleições de 31 de Janeiro de 2020.
Confirma-se uma corrida a dois com Hugo Lacerda que assume um projeto alternativo mais centrado nas eleições e na candidatura socialista.
Sérgio Lopes deixa nas entrelinhas o receio de uma cisão que coloque em risco o esforço de recuperação do Partido e prefere falar candidatura inclusiva para definir critérios sem pensar nos nomes que serão apresentados a eleições em 2021.
O Vereador socialista fala em recandidatura “natural” na sequência dos seis anos de trabalho a liderança do PS/Ílhavo.
Reclama a “energia e sentido de responsabilidade” a par do “empenho” e os “mesmos desígnios” por entender que os últimos seis anos foram tempos de “afirmação do PS em Ílhavo, fruto do trabalho e envolvimento dos dirigentes, autarcas e militantes do PS”.
Lembra também que nos últimos seis anos o “PS cresceu” e responde às críticas de Hugo Lacerda para defender que a direção do PS “foi dinâmica e ativa, ouviu os socialistas em permanência, foi assertiva e próxima no combate político, organizada na ação autárquica, abriu o Partido à sociedade”.
Sérgio Lopes conclui que “o PS e os seus protagonistas são cada vez mais reconhecidos”.
A recandidatura defende ainda que os resultados dão crédito ao trabalho desenvolvido “com método, tempo e exigência”.
Além do crescimento nas eleições autárquicas de 2017, mesmo com maioria Social Democrata, o dirigente lembra que o percurso foi consolidado em 2019 nas eleições europeias e nas legislativas com, aproximação ao PSD.
“Parte desse resultado também é reflexo do trabalho que todos os ativistas do PS fazem localmente, na afirmação do Partido em Ílhavo”.
Com as eleições autárquicas já no horizonte, Sérgio Lopes recusa a ideia de transformar o sufrágio na concelhia em "Primárias" para definir o candidato à Câmara de Ílhavo.
Diz que à concelhia cabe a definição da estratégia eleitoral no quadro das autárquicas de 2021 e que os órgãos eleitos devem “concentrar-se na definição transparente dos critérios e procedimentos para a elaboração das listas e do programa eleitoral que envolvam, para além do Partido, a sociedade”.
Não esconde receio por um eventual quadro de divisões internas e diz que só em "equipa" e com "união" é possível disputar a vitória nas autárquicas.
Sérgio Lopes assume que pretende “renovar o compromisso de levar a cabo um trabalho que congregue e harmonize vontades, que permita a continuidade da renovação do Partido, sempre somando mais gente, nunca subtraindo ninguém”.
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