O presidente da Associação Portuguesa de Educação Ambiental espera que a Câmara de Aveiro venha a dar resposta a questionamentos sobre alterações ao PDM e desafia os deputados a acompanharem de “forma atenta e vigilante” as ações que resultem da sua aplicação.
Joaquim Ramos Pinto afirmou ontem, na Assembleia Municipal, que o documento assenta numa “visão antropocêntrica” que condiciona toda a ação do Plano, em particular nas questões ambientais e alterações climáticas.
“Esta visão considera que o problema resulta de fenómenos naturais e não da ação humana ou das ações resultantes da implementação do próprio plano, colocando em risco a saúde humana e trazendo custos elevados para a sociedade e economia local”.
Defende que a revisão do Plano Diretor Municipal deveria assumir um compromisso de “promover a máxima proteção das pessoas, da economia local, dos ecossistemas e de restaurar condições de segurança, saúde e bem-estar e justiça climática”.
Na leitura feita ao documento considerou positiva a abordagem à mobilidade elétrica mas com nota negativa para projetos que acentuam a presença de carros na cidade, numa referência indireta ao projeto para o Rossio.
“É um crime socioambiental justificar que queremos que os turistas e os cidadãos possam chegar de carro ao centro da cidade, quando há muitas outras alternativas”.
“Com este plano todos os cidadãos aveirenses estão convocados para serem vigilantes e seguirem, com muita atenção, a implementação das ações por ele permitidas, de forma a podermos evitar consequências graves resultantes da ação humana através da implementação do próprio plano: riscos para a saúde humana e vida selvagem, custos para a sociedade e a economia local, e perda da biodiversidade”.
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