Músicos ilhavenses cantam o seu linguajar na terceira edição da Milha.
A Milha, festa dos músicos e da música de Ílhavo, acontece durante quatro dias, de 31 de outubro a 3 de novembro, em Ílhavo e na Gafanha da Nazaré.
Duas dezenas de espetáculos, organizados pelo 23 Milhas, projeto cultural do Município de Ílhavo, partem ou direcionam-se para a “palavra”.
Num cartaz com mais de vinte espetáculos, de showcases a um baile, destaque para a exibição do filme “Heróis do Mar”, longa-metragem dos anos 70, aqui dobrada e encenada por Alexandre Sampaio e musicada pela Orquestra Filarmónica Gafanhense com a orientação de Henrique Portovedo, depois de restaurada, a sua única cópia, pela Cinamateca-ANIM.
Nota ainda para “Dito por não dito”, uma criação de Rui Sousa que trabalha o efeito repetitivo do linguajar e dos movimentos da dança de um rancho folclórico, contando com a participação dos solistas Andreia Alferes, Ricardo Fino e Vanessa Marques Oliveira e ainda dos ranchos do Município de Ílhavo.
Se nas primeiras edições a Milha desafiou os músicos a trabalhar o cancioneiro de Carlos Paião e a temática marítima, este ano é a partir do linguajar Ílhavo que escolas, bandas, artistas, ranchos, criadores, poetas, djs e comunidade são convidados a pensar momentos inéditos em que se encontram na e para as suas cidades.
A Milha surgiu em 2017 destinada a ser uma plataforma de encontro entre artistas, bandas, escolas e outras associações culturais locais.
Além dos espetáculos exclusivos, dos incentivos às combinações inéditas e das estreias, a Milha aposta também na formação.
Este ano há duas oficinas, uma de criação, com a ondamarela, outra de agenciamento, com Márcio Laranjeira.
A Milha acontece na Casa da Cultura de Ílhavo e na Fábrica das Ideias da Gafanha da Nazaré. A entrada é gratuita.
Abertura a 31 de Outubro, na Casa da Cultura, às 21h, com Diogo Riço, Heróis do Mar com Henrique Portovedo, Filarmónica Gafanhense e Alexandre Sampaio e Patinho Feio a fechar a noite.
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