OO Presidente da Câmara Municipal de Ovar, Salvador Malheiro, revela que a Câmara Municipal contratou, a expensas próprias, os projetos de execução de quebra-mares destacados das praias de Cortegaça e Furadouro e os respetivos estudos de impacto ambiental, os quais se encontram a ser ultimados.
Complementando, desta forma, os projetos de alimentação artificial (shot’s de areia) desenvolvidos pela Agência Portuguesa do Ambiente.
Estes projetos são ainda acompanhados de estudos da relação entre custo e benefício, com vista a serem determinadas as vantagens das intervenções.
O autarca deu as informações na sessão de abertura do workshop prospetivo para a consolidação das TICE na Economia do Mar, dando enfoque à problemática da orla costeira que afeta o território vareiro.
Sobre o tema, o autarca revelou que, na Câmara Municipal de Ovar, “somos gente de ação, gente que procura as soluções e não os problemas, e nunca deitamos a toalha ao chão”, aproveitando para enumerar as várias diligências efetuadas e os passos dados em prol da defesa da costa, incluindo os que não são de competência municipal.
Salvador Malheiro revelou ainda que “estamos cientes que, as questões da orla costeira não são uma competência municipal, mas tínhamos que avançar para as soluções. No entanto, este trabalho tem sido realizado em estreita colaboração com a APA – Agência Portuguesa do Ambiente, estando prevista a candidatura dos projetos de execução ao POSEUR.”
Adiantando que “estamos a falar de valores elevados, na ordem dos 16 Milhões de Euros, que só serão exequíveis com financiamento europeu”.
Recordando o processo de realojamento do Bairro dos Pescadores de Esmoriz, através da construção do Conjunto Habitacional da Boa Esperança, que permitiu o realojamento de 30 agregados familiares, correspondente a mais de 100 pessoas, o autarca explicou que “foram investidos mais 2 Milhões de euros suportados integralmente pela Câmara Municipal de Ovar e sem qualquer apoio do Poder Central.
“Assim, efetuar o realojamento da população da linha da costa, custaria mais de 100 Milhões de euros, o que nos permite afirmar que a solução que apresentamos é seguramente mais vantajosa”.
O Workshop Prospetivo para a Consolidação das TICE na Economia do Mar foi promovido pela Inova-Ria, com o apoio da Câmara Municipal de Ovar e da SEMA - Associação Empresarial Sever do Vouga, Estarreja, Murtosa, Albergaria-a–Velha e Ovar.
Diário de Aveiro |