O Colégio Salesiano São João Bosco tem patente, nas suas instalações, a exposição “Fábrica de Papel”, que teve início no passado dia 14 e terminará dia 25, com o objectivo de demonstrar aos cerca de 1000 jovens que por lá irão passar, a importância da preservação das florestas e mostrar o fabrico do papel no século XVIII. “Não serve só para poluir ambiente” Com a organização da CELPA, Associação de Indústria Papeleira, a escola, situada em Mogofores, levou assim para a frente a iniciativa de mostrar aos jovens a forma como era fabricado o papel no século XVIII, com o objectivo de vir dar a conhecer que, “houve uma grande evolução tecnológica, mas os processos físicos são os mesmos”, como faz questão de salientar Gonçalo Alegria, um dos dois animadores contratados pela CELPA, para fazerem a demonstração de todo o processo. Assim, Gonçalo Alegria afirma ainda que “é importante que as pessoas entendam que o papel não é uma coisa que só serve para poluir o ambiente, porque há um grande esforço das papeleiras no sentido de tornar a produção do papel menos poluidora”. Ainda, na opinião do animador, “esta iniciativa tem ainda outros aspectos positivos, visto que assim os jovens, que estão habituados a lidar com o papel já dentro dos cadernos ou embalagens, têm aqui a oportunidade de se consciencializarem da maneira de como ele é feito“. Projecto envolvente Este é um projecto que envolve crianças dos 3 aos 15 anos, de cerca de 20 escolas do concelho de Anadia e de Oliveira do Bairro (Secundária). Há entre quatro a cinco sessões diárias, de aproximadamente 45 minutos cada, sendo que cada uma das sessões comporta cerca de 30 jovens. O conteúdo de cada uma das apresentações é variável, dependendo das idades dos espectadores. Para os mais pequenos, a sessão é iniciada com um pequeno filme, seguindo-se uma pequena peça de teatro, terminando com o fabrico de uma folha de papel, utilizando os mesmos processos que eram tidos no século XVIII. Durante as sessões com os mais velhos, não têm lugar o teatro e o filme, por outro lado, estes têm a oportunidade de participar, activamente, no fabrico do papel, o que não acontece com os mais pequenos. Instituições colaboram no transporte Por sua vez, José Pires, professor envolvido na organização do evento, afirmou que “era a ideia inicial de integrar esta iniciativa apenas por um dia, no âmbito do Dia das Artes, mas pela indisponibilidade do grupo pertencente à CELPA para se deslocarem apenas por um dia, surgiu a ideia de alargar a exposição por duas semanas”. O professor salientou ainda o facto de quer a APPACDM, quer a Santa Casa da Misericórdia de Sangalhos, se terem disponibilizado para colaborar no transporte das outras escolas para visitar a “Fábrica de Papel”. Também os alunos não ficaram indiferentes à iniciativa, tal como demonstrou Daniel Malheiro, aluno do 8ºA, afirmando que “foi bom por que não sabia como se tirava a massa do papel, não tinha a noção, portanto acho que deveria haver mais este tipo de iniciativas”. Renato DuarteDiário de Aveiro |