A Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta toma posição antecipada sobre a anunciada requalificação urbana da Avenida 25 de Abril para pedir um processo participado pela sociedade civil.
“A auscultação pública e o envolvimento da população, incluindo agrupamentos de escolas, associações de pais, grupos de utilizadores de bicicleta e demais cidadãos, é fulcral para a realização de uma intervenção que tenha em consideração os desejos e reflexões conjuntas dos vários actores urbanos”.
Quanto à mobilidade e urbanismo, a MUBi Aveiro considera que o projeto deve respeitar um conjunto de princípios básicos com o objectivo de devolver o espaço público às pessoas, diminuindo-se a ocupação e presença do automóvel no interior da malha urbana e em especial nas imediações dos estabelecimentos de ensino presentes na Avenida 25 de Abril.
Pede a redução da área dedicada ao tráfego motorizado subtraindo vias de trânsito às quatro atualmente destinadas à circulação e estacionamento automóvel.
“O espaço libertado deverá ser utilizado para melhorar as condições de segurança e conforto dos utilizadores dos modos ativos, promovendo-se o alargamento dos passeios e a inclusão de pistas cicláveis, segregadas do tráfego motorizado”.
A MUBi Aveiro sugere ainda o desenvolvimento de um programa de implementação de zonas de livres de carros à entrada dos estabelecimentos de ensino nos horários de entrada e saída dos alunos, à semelhança do que acontece em várias cidades europeias.
E defende a redução da velocidade a 20 ou 30 km/h, através de medidas físicas de acalmia de tráfego ao longo de toda a avenida, tais como passadeiras sobrelevadas, estreitamento das vias, estrangulamento da faixa de rodagem, introdução de gincanas, entre outras.
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