O Porto de Aveiro afirmou ao movimento Maria que está disponível para trabalhar na qualificação de espaços que não têm atividade económica e que são, por isso, zonas de fruição pública.
A garantia foi dada pela Presidente do Conselho de Administração do Porto de Aveiro, Fátima Alves, durante uma reunião solicitada pelo MARIA para apresentação de cumprimentos e para esclarecimento dos princípios fundadores do Movimento.
Durante a reunião, que se prolongou por cerca de uma hora, a responsável do Porto de Aveiro referiu que a sua equipa de gestão está muito sensibilizada para questões como o assoreamento e a qualidade do ar, entre outras, notando que o Porto de Aveiro pretende ser um promotor do desenvolvimento sustentável.
“Estamos felizes que nos vejam com um parceiro e estamos disponíveis para colaborar”, indicou a Presidente do Conselho de Administração do Porto de Aveiro, salientando que a resolução de alguns problemas da Ria, pela sua complexidade e multilateralidade, implica, por natureza, “uma decisão morosa, que sai do alcance da gestão do Porto”.
No curto prazo, O MARIA e o Porto de Aveiro acordaram poder desenvolver ações conjuntas para esclarecimento didático sobre matérias que tenham a ver com a jurisdição de algumas zonas lagunares e ainda sobre projetos em curso da iniciativa do órgão gestor da infraestrutura portuária que impactem nas águas interiores da laguna.
Trata-se, segundo disse, de um “bom exercício” para sistematizar e partilhar com os cidadãos, empresas e associações os assuntos do Porto de Aveiro, que é pioneiro na Europa no reconhecimento da sua responsabilidade ambiental.
Por seu lado, o Movimento de Amigos da Ria de Aveiro transmitiu ao Conselho de Administração do Porto de Aveiro a sua integral disponibilidade para colaborar em ações de reflexão e debate sobre os problemas da Ria, indicando que em resultado desta preocupação terá lugar, este sábado, às 17h, na Gafanha da Nazaré, uma conferência sobre o tema do assoreamento.
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