O Movimento Democrático de Mulheres analisa o desmantelamento de rede de Tráfico de Mulheres em Aveiro.
Depois da operação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras que desmantelou uma rede europeia de tráfico de seres humanos dedicado à exploração sexual de mulheres, o MDM saúda o SEF pela operação desencadeada no distrito de Aveiro que resultou no resgate de 25 mulheres, entre elas 3 menores, traficadas para exploração sexual, e defende que é hora de cumprir o “Plano Nacional de Combate ao TSH e criar um Plano de Combate à Exploração na Prostituição que reforce a necessidade de proteger as vítimas e que implemente programas de saída, com reinserção e protecção social, acesso à habitação, saúde, educação e formação profissional”.
Para o Movimento é relevante relacionar a atividade criminosa de tráfico e lenocínio com a violação dos direitos humanos das mulheres uma vez que “são realidades indissociáveis”.
“Por isso, não se pode silenciar as causas – e responsabilidades – pela expansão deste negócio à escala europeia e também mundial, apenas possível pela cumplicidade, incluindo de Estados, que lucram, e muito, com ele, sendo certo que os países que legalizaram e regularam a prostituição são os principais responsáveis pela expansão do tráfico de mulheres”.
Deste caso, retira ainda a importância de reconhecer que o tráfico de pessoas assume hoje “proporções preocupantes” em Portugal e “alerta para a indispensável afetação de meios financeiros, humanos e técnicos necessários à prevenção, ao apoio às vítimas e à luta contra as redes de crime organizado, nomeadamente reforçando os dispositivos dos Órgãos de Polícia Criminal”.
Diário de Aveiro |