A Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta esclarece que não há via para bicicletas em zona de circulação no centro de Lisboa e diz que Aveiro não deve cometer o erro de juntar veículos de transporte público e ciclistas na mesma faixa.
É a reação às afirmações proferidas pelo Presidente da Câmara Municipal durante a primeira reunião da Sessão Ordinária de Fevereiro de 2019 da Assembleia Municipal de Aveiro, quando Ribau Esteves deu o exemplo de outras cidades em que o modelo é aplicado.
O caso citado era a Avenida Fontes Pereira de Melo onde existe via para motociclos no corredor de transporte público. O símbolo poderia deixar dúvidas quanto ao perfil dos utilizadores mas a Mubi quis tirar dúvidas num inquérito.
No inquérito realizado, a Mubi questionou os inquiridos sobre as marcações correspondentes a cada tipo de veículo nesta avenida da capital.
Das 56 respostas obtidas, 54 inquiridos (96%) foram capazes de identificar correctamente os motociclos no corredor partilhado com os transportes públicos - marcação ‘A’, e 55 (98%) identificaram correctamente a bicicleta na ciclovia segregada - marcação ‘B’.
Adicionalmente, a MUBi enviou um esclarecimento à Assembleia Municipal de Aveiro, “por forma a repor a verdade dos factos”, como forma de garantir aos elementos deste órgão deliberativo informação para uma tomada de decisão mais fundamentada.
“Não existe em Lisboa qualquer via partilhada entre veículos de transporte público e velocípedes. Ao contrário do que foi reiterado pelo Presidente da Câmara Municipal, é falso que existam tais vias na Avenida Fontes Pereira de Melo. A via de transportes públicos (corredor bus) é partilhada com motociclos e ciclomotores, existindo vias dedicadas para bicicletas, como é possível aferir na seguinte imagem”.
Diário de Aveiro |