A Assembleia Municipal de Aveiro aprovou, por maioria, a proposta de alienação de património, com votos contra do PCP e do Bloco, abstenção de alguns deputados do PS, contando com os votos favoráveis dos partidos da maioria e de boa parte da bancada socialista.
O dinheiro vai ser empregue na redução da dívida. O PCP diz que o princípio é correto mas continua a ver o mercado como decisor dos preços limitando o acesso dos cidadãos às casas.
Filipe Guerra defende que a autarquia poderia ter um papel importante nessa regulação (com áudio)
A Câmara leva a hasta pública lotes do Plano de Pormenor do Centro (Fonte Nova), prédios, apartamentos e marinhas de sal na expetativa de fazer, no mínimo, cerca de 8,5 milhões.
PCP e Bloco de Esquerda apontaram baterias à maioria por não trabalhar em função da regulação do mercado, com aposta em habitação social ou construção a custos controlados, e acusam o PS de seguir a proposta da maioria com “sinais de especulação imobiliária”.
O BE defendeu mesmo investimento do dinheiro arrecadado com as vendas nas rendas apoiadas e na construção a custos controlados.
Fernando Nogueira, do PS, não esconde que a medida há muito estava a ser defendida pelo principal partido da oposição.
Libertar a autarquia dos constrangimentos da dívida é o rumo que o PS quer ver traçado e estranha que este tipo de ação não estivesse detalhado na revisão do Programa de Ajustamento (com áudio).
Ribau Esteves acredita que o problema da especulação pode ser travado por iniciativa do mercado ou pela intervenção do Estado com novas políticas de habitação.
Mas o autarca de Aveiro não acredita nesta segunda hipótese por não ver nem capacidade financeira nem vontade política (com áudio).
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