O Núcleo de aderentes do Bloco de Esquerda Ílhavo reafirma a posição assumida em Assembleia Municipal por Ricardo Santos e responde ao PS pela forma como os socialistas reagiram à abstenção do deputado do BE no debate sobre a fixação do IMI.
Depois da resposta de Ricardo Santos, agora surge a posição do Núcleo que reforça a tese assumida em Assembleia.
“A abstenção à manutenção do IMI, não só é adequada, como está perfeitamente alicerçada no enquadramento estratégico do partido e na declaração política, feita na Sessão Ordinária da Assembleia de Ílhavo de 16 de novembro”, refere o núcleo lembrando que ainda recentemente, em sede de AR, o Bloco de Esquerda propôs baixar a taxa máxima de IMI em cinco décimas, propôs criar um novo escalão para o património de luxo, bem como o agravamento do Adicional do Imposto Municipal sobre Imóveis.
“Defendemos a proibição de exceção para os municípios endividados, assim como a majoração do IMI para os imóveis em ruínas – medidas recusadas pelo Partido Socialista”.
Defende que a abstenção na fixação da taxa em 0.375% é decidida com a “coerência e serenidade” exigida a um “partido feito de pluralidade e convergências”.
Afirma conforto com a decisão e estranha as críticas da concelhia de Ílhavo do PS depois do principal partido da oposição ter abandonado os trabalhos.
“Relembramos que o Partido Socialista de ílhavo abandonou a Assembleia Municipal em causa, não estando presente aquando da discussão e votação deste ponto – a população de ílhavo está habituada que o Partido Socialista se demita das suas responsabilidades. Pelo contrário, Bloco de Esquerda não foge à discussão, muito menos abandona as Assembleias Municipais. Fomos eleitos para defender os interesses das pessoas - não nos demitimos das nossas responsabilidades”.
Numa nota que reafirma o posicionamento do BE, em Ílhavo, como partido de Esquerda, o Núcleo não deixa de criticar a atuação do executivo da câmara municipal de Ílhavo por não dar “resposta aos problemas da população e do município”.
“É uma atuação de mínimos, com notórias insuficiências a nível dos serviços públicos onde destacamos, entre outros, a deficiente oferta de transportes públicos e a diminuta resposta publica na área do bem-estar animal. Consideramos que o atual executivo não é capaz, por opção e condicionamento político, de dar a resposta social necessária e exigida pelas populações de Ílhavo”.
Diário de Aveiro |