O deputado do PSD Bruno Coimbra questionou a ministra da Cultura sobre a execução do “Programa “Revive”.
Intervindo numa audição na discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2019, o parlamentar social democrata deu o projeto como “moribundo”, dando como “falso” o balanço positivo feito pelo Governo.
Bruno Coimbra enfatizou, na sua intervenção, que foram anunciados, em 2016, 30 edifícios, entre mosteiros e conventos, fortes e antigos quartéis, sem utilização, degradados ou abandonados, que iriam ser reabilitados por privados.
“O que tem a dizer sobre o Mosteiro de Arouca? Ou sobre o Forte da Barra, em Ílhavo? Sobre o Mosteiro de Lorvão, em Penacova? Ou sobre o Castelo de Portalegre, ou o Forte da Ínsua, em Caminha?” questionou Bruno Coimbra, dirigindo-se à ministra e referindo-se ao “Revive”, criado para recuperar e valorizar o património, abrindo-o ao investimento privado, para desenvolvimento de projetos turísticos.
“Acontece, senhora ministra, que afinal não é assim… pois não?” – atirou o deputado do PSD, dirigindo-se à governante, à qual solicitou que clarificasse quantos concursos foram afinal concluídos.
Recordando que em 2016 o governo juntou três ministérios (Finanças, Economia e Cultura) para conceber o Programa “Revive” e que o ministro da Economia dissera que “estes monumentos estavam ao abandono e vão ser transformados em pontos de referência que vão valorizar as regiões”, o deputado aveirense vincou que, “no que depende deste governo, nem são recuperados enquanto monumentos nacionais (ou imoveis de interesse público) nem são recuperados enquanto concessões a privados”.
“Quantos edifícios estão à data concessionados? Da intenção proclamada de mais de 70 edifícios, estão quantos? Três, quatro?” – questionou Bruno Coimbra, para concluir que, “afinal, o tal ‘balanço muito positivo’ é falso” e que “este Orçamento esquece, uma vez mais, o património”.
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