É um apelo dirigido às autarquias e às associações de caçadores regionais para que suspendam toda a atividade cinegética nas áreas que foram afetadas pelos incêndios do ano passado. A Quercus Aveiro pede a suspensão da caça nas áreas afetadas pelos incêndios.
“Nessas áreas as populações de animais foram dizimadas pelo fogo e os que conseguiram sobreviver têm dificuldades na obtenção de abrigo e alimento. O calor e a seca agravam a situação principalmente para os animais juvenis”, justifica a associação ambientalista.
A Quercus considera que a prática da caça nas áreas ardidas não é compatível com a preservação da biodiversidade, pondo em causa a sobrevivência de várias espécies.
A Quercus entende ainda que a caça à Rola, a ocorrer, se deveria iniciar apenas na primeira década de setembro, enquanto para o Pombo-torcaz e os tordos esta deveria terminar na última década de janeiro.
Também o período de caça aos patos se sobrepõe ao período de reprodução e de migração pré-nupcial de várias espécies desta família, pelo que a respetiva caça deveria iniciar-se na primeira década de outubro e terminar na segunda década de janeiro.
Em relação à Galinhola continua a ocorrer um período de sobreposição de 10 dias com o período migratório pré-nupcial, pelo que a caça a esta espécie deve terminar na primeira década de janeiro.
“A Quercus Aveiro volta a alertar para a necessidade urgente de corrigir esta situação e promover uma gestão mais sustentável dos recursos naturais, protegendo simultaneamente a biodiversidade”.
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