AVEIRO: CIDADÃOS RECLAMAM ROSSIO CUIDADO MANTENDO PERFIL DE JARDIM PÚBLICO.

Sete cidadãos tomaram da palavra no período antes da ordem do dia na Assembleia Municipal de Aveiro para falar sobre o concurso de ideias para o Rossio com apelos à reformulação da ideia vencedora que prevê a construção de um terreiro.

José Carlos Mota, docente universitário especialista em questões de planeamento e participação cívica, alerta para a importância de fomentar modelos de verdadeira participação (com áudio)

David Iguaz, do grupo de residentes "Juntos pelo Rossio", revela que o Abaixo Assinado contra a proposta em cima da mesa já passou os 2500 subscritores.

Assumiu “revolta” pela forma como o processo está a ser gerido e diz que mais do que criticar o gabinete de arquitetura se deve criticar quem criou o caderno de encargos (com áudio).

Cláudia Cardielos apelou à manutenção dos espaços ajardinados no Rossio. Um discurso sobre a necessidade de Regeneração mas que cuide da matriz cultural do local (com áudio)

A Associação para o Estudo e Desenvolvimento da Região de Aveiro demonstrou “preocupação e apreensão” relativamente à presente proposta de intervenção para a área do Rossio de Aveiro.

Revela que a área em questão apresenta um “elevadíssimo potencial patrimonial, nomeadamente o arqueológico, presumivelmente preservado, em extensão e condições de preservação ainda desconhecidas, muito relevante para a história da vila e cidade de Aveiro, pelo menos dos últimos 500 anos”.Diz mesmo que a Igreja de S. João do Rossio, erigida no início do século XVII, assinalada pelos projectistas como o bem arqueológico-patrimonial mais significativo, “poderá até nem ser o mais importante”.

Além da salvaguarda do património defendeu que uma “eventual turistificação de espaços emblemáticos da cidade” é um erro. “Não queremos herdar de Veneza senão a comparação de cidade dos canais e não os problemas dramáticos que os venezianos diariamente enfrentam no que diz respeito aos efeitos da turistificação e gentrificação da sua cidade”.

Ribau Esteves diz que o exercício feito é positivo e não deve ser conotado com algo negativo. Debater é encontrar as melhores soluções. "Ouvir não é guerra nenhuma. Temos ideias, agora vamos para o estudo prévio, que é completamente discutível".

 

 


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