Os investigadores que assinam o “Manual de Cultivo de Ostras em Portugal e Código de Boas Práticas” assumem a sustentabilidade de recursos como a principal marca para dar futuro à atividade.
Francisca Félix Azevedo, José Fernando Gonçalves, Mariana Hinzmann e Paulo Vaz-Pires, docentes e investigadores no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar e no Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental, da Universidade do Porto, defendem que para produzir bem é necessário atender à envolvente social e económica.
A Ria de Aveiro é o local de produção de mais de 400 toneladas de ostras por ano e o código de boas práticas pretende criar “um balanço entre os interesses ambientais, o crescimento dos bivalves em cultivo e o fornecimento de produtos alimentares não só saudáveis, mas também capazes de transmitir segurança e confiança ao consumidor”.
Paulo Vaz-Pires não escondeu que além das formações que devem fazer os produtores estão obrigados a um trabalho de atualização e à interpretação de tudo o que é legislação no setor (com áudio).
O Manual foi redigido com o intuito de ajudar novas ostreiculturas ou ostreiculturas já em funcionamento a cumprir os requisitos impostos pela legislação, a adotar uma estratégia de negócio que assente em boas relações sociais e a estabelecer práticas de cultivo e gestão que assegurem um produto final de qualidade e uma maior responsabilidade ambiental, preservando a autonomia de cada empresa e incentivando à inovação.
Ricardo Calado, da Plataforma Tecnológica do Mar da Universidade de Aveiro, apresentou o “Ecossistema de inovação em aquacultura no Município de Ílhavo e na Região de Aveiro.
Fernando Caçoilo, autarca de Ílhavo, quis dar força política ao momento salientando que a união dos produtores é a chave para ganhar essa posição de peso (com áudio).
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