O PCP dedicou atenção ao sector têxtil com visita e audição de deputado Miguel Viegas.
De visita a empresas do setor, Miguel Viegas falou das dificuldades de adaptação a um mercado cada vez mais globalizado.
Sendo este sector específico muito intensivo em capital, é no custo energético onde esta diferença é mais gritante. As candidaturas aos apoios da União Europeia são outro aspecto crítico tendo em conta a elevada burocracia e morosidade dos processos que dificulta o acesso a muitas PMEs.
“Contrariamente ao discurso da Comissão Europeia, a tão apregoada simplificação dos regulamentos associados aos fundos estruturais ainda não chegou ao terreno”, refere Miguel Viegas.
O eurodeputado lembra que os aumentos do Salário Mínimo Nacional, que é aplicado a boa parte dos trabalhadores, “não provocou nenhuma hecatombe como previam as instituições europeias e todos os habituais comentadores da área económica”.
“Antes pelo contrário, tivemos um aumento do emprego e a perfeita noção de que era claramente possível elevar o salário mínimo para os 600 euros sem beliscar o funcionamento das empresas”.
A flexibilização dos horários é, hoje, um dos problemas enfrentados pelos trabalhadores. “A presença de empresas de aluguer de mão-de-obra acaba por fomentar esta exploração, precarizando ao máximo as relações laborais”.
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