O Executivo Municipal de Ílhavo aprovou o Relatório e Contas referente ao exercício da Autarquia no ano de 2017 com exercício líquido positivo de 2,9 milhões de euros e redução da dívida bancária em 17,9% para 10.5 milhões de euros.
Quanto à dívida a fornecedores está em 3 milhões de euros valor que a maioria considera “equilibrado e ajustado à realidade do Município”.
O montante total da receita de 2017 (receita do exercício do ano mais a integração do saldo de 2016), foi de 23.2 milhões, atingindo a percentagem de execução de 85,10, acima da percentagem indicativa prevista na Lei das Finanças Locais.
No que respeita à despesa o valor pago em 2017 foi de 22.2 milhões, sendo distribuída pela despesa corrente de 14.1 milhões e pela despesa de capital, designadamente de investimento no valor de 8 milhões evidenciando, segundo a maioria, “uma grande capacidade de controlo de custos e um considerável valor de investimento, tendo o nível de execução financeira da despesa paga atingido os 85,25%”.
Quanto às Grandes Opções do Plano, e respetivo Orçamento, a sua execução financeira foi de 12 milhões correspondendo uma taxa de realização de 95,03%.
A autarquia fala em nível de investimento “bastante significativo” com projetos como o PEDU, a empreitada de Alteração Viária da Rotunda da Barra, o Centro Escolar da Gafanha da Aquém, a Requalificação da Escola da Marinha Velha, o novo Quartel da GNR de Ílhavo, a Casa da Música da Gafanha da Nazaré, a Casa Mortuária da Gafanha do Carmo, a Remodelação e Conservação do Parque Escolar, a Requalificação do Largo da Bruxa na Gafanha da Encarnação, a Rede de Drenagem de Águas e Resíduos Pluviais da Gafanha da Nazaré, a Requalificação de diversas pracetas e parques de estacionamento, requalificação de vias municipais, entre outros.
A autarquia afirma que os documentos refletem uma forma de gestão que aposta em “crescimento sustentável” num quadro de “oferta de ações e serviços de qualidade e modernidade”.
“Os resultados financeiros alcançados espelham um trabalho afincado e uma gestão séria, resultando numa estabilidade financeira e redução de dívida que tiveram como corolário a saída antecipada do Pacto de Ajustamento Financeiro a que o Município estava sujeito desde 2012”, realça Fernando Caçoilo.
O debate sobre o relatório e contas da Câmara de Ílhavo concentrou-se na análise de condições para baixar a taxa de IMI.
O PS diz que a recuperação financeira dá margem para conseguir assegurar essa folga. Realça a captação de receitas como estando a superar as expetativas mas a maioria considera que o momento vivido em Portugal não é, em si, garantia de que será sempre assim.
A reunião de vereadores na Junta da Gafanha da Nazaré foi momento para Sérgio Lopes apelar à redução para a taxa mínima. O líder da oposição vê condições para essa opção (com áudio)
Fernando Caçoilo explica que o tempo dirá se há condições para essa redução mas assume que a existência de folga abre caminho à redução da taxa. Ainda assim o autarca pede prudência por entender que o país ainda não está a salvo da crise (com áudio).
A reunião de Câmara fica marcada pela intervenção do presidente da Junta de São Salvador. No dia em que se assinalavam os 17 anos da elevação da Gafanha da Nazaré a cidade, o autarca pediu a palavra para falar na reunião no tempo dedicado ao público.
João Campolargo diz que fica feliz por saber que cobertura da rede de saneamento na Gafanha atinge os 100% mas lembra que a sede de concelho ainda não tem a rede completa (com áudio).
Um dia aproveitado pela Junta de Freguesia para deixar apelo público à recuperação do edifício da extensão de saúde que tem sérios problemas de infiltrações.
Os cidadãos apelaram diretamente à Câmara de Ílhavo para criar um museu que englobe espólio dedicado à ria, ao mar, à agricultura e à indústria. Fernando Caçoilo admitiu como prioritária a valorização da Casa Gafanhoa como espaço museológico.
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