O grupo Visabeira assume que o desenvolvimento do Parque Desportivo de Aveiro não está na gaveta, tem andado em ritmo lento mas é para concretizar a médio prazo.
Acionista maioritário numa sociedade com a Câmara de Aveiro que abriu mão da maioria do capital ainda no tempo de Élio Maia, a Visabeira admite que a crise económica e financeira pesou no ritmo de um projeto que previa habitação, campos de ténis, campo de golfe e centro hípico em terrenos do estádio até ao rio Vouga.
A aquisição de parcelas foi sendo apresentada como um dos passos necessários para concretizar esses projetos. Há um ano era confirmada a aquisição de mais de 70% dos terreno mas com falta de parcelas que garantissem continuidade.
Há sensivelmente um ano era notícia o “impasse” na parque desportivo e um “processo parado” a enfrentar dificuldades para aprovar o plano de pormenor. O parecer do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas e a carta da Reserva Ecológica Nacional surgiam como “entraves”.
O autarca de Aveiro confirmava em maio de 2017 que “não havendo pressa das partes em fazer investimentos também não há pressa em acabar o plano" e admitia que o parceiro privado pudesse olhar primeiro para imobiliário e componente hoteleira colocando o campo de golfe sob reserva.
Nos mandatos de Élio Maia registou-se aumento do capital social de 500 mil para 3,5 milhões de euros tendo a autarquia perdido a maioria do capital para a Visabeira, operação criticada na altura pelo Partido Socialista.
Ouvido esta semana pela Terra Nova, o presidente da Comissão Executiva do Grupo Visabeira, Nuno Marques, admite que há conversações com a autarquia para dar vida ao projeto. E foi apresentado um horizonte temporal de 5 a 10 anos para concretizar os investimentos (com áudio).
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