A Casa da Cultura de Ílhavo apresenta esta noite o resultado de uma residência artística em Canas de Senhorim sobre as migrações de quem sai de Canas para Lisboa e quem troca Lisboa por Canas. Chama-se “Canas 44” e conta com o trabalho conjunto da Amarelo Silvestre e de Vítor Hugo Pontes.
“Há uma personagem que chega e há uma personagem que parte. Uma quer construir uma vida nova e a outra quer partir para ganhar mundo. Em comum, o mesmo lugar, Canas de Senhorim, que nunca é mencionado e, por isso, Canas é todos os lugares. Têm ainda em comum o número quarenta e quatro. São anos de idade. A partir daqui, constrói-se um universo autoficcional que especula sobre pessoas, lugares ou ruas que já não existem ou que estão em vias de desaparecimento, numa constante enumeração dessa memorabillia, como um movimento contínuo entre utopia e catástrofe, como se ressuscitar os mortos fosse uma forma de inscrevê-los na História”.
A criação da Amarelo Silvestre com direcção artística Victor Hugo Pontes é uma metáfora que o diretor quer levar como ponto de reflexão do público (com áudio)
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