A Direção da Organização Regional de Aveiro do PCP fala em “avanços” alcançados nos últimos dois anos, por via dos Orçamentos do Estado na recuperação de direitos e rendimentos, e afirma que tais avanços seriam “impossíveis” num quadro em que PSD e CDS ou PS, tivessem maioria absoluta na Assembleia da República.
Ainda assim a DORAV diz que não pode falar uma visão crítica e assume que a “necessária rotura” com a política de direita das últimas quatro décadas “está ainda por fazer”.
“São gritantes os exemplos na Saúde – ainda esta semana o PCP denunciou a carência de mais de 100 profissionais no Centro Hospitalar do Baixo Vouga –, na Educação – como atestam as lutas da população de Ílhavo pela contratação de mais funcionários para as escolas do concelho –, nas funções sociais do Estado em geral e no baixo índice de investimento público”.
Destaca como positiva a aprovação da recomendação da reabertura da Urgência de Espinho e a política de manuais escolares. “Todos estes – e muitos outros – são avanços com a marca da intervenção do PCP na Assembleia da República que, desta forma, deu expressão institucional às legítimas aspirações dos trabalhadores e do povo”.
E no momento em que o PSD muda de líder e inicia o diálogo com o PS à procura de consensos, o PCP deixa o aviso.
“Os resultados da economia nacional e a situação do País derrotam a requentada tese que o PSD quer, de novo, servir aos portugueses: que o caminho passa por travar o alargamento de direitos e os aumentos de poder de compra e a melhoria dos rendimentos da população. Fica claro que quanto mais longe se for no rumo de alargamento de melhores condições de vida, mais o País poderá progredir e aumentar os índices de desenvolvimento”.
O PCP repete as críticas à privatização dos CTT, ao encerramento dos balcões e realça a luta dos trabalhadores da Universidade de Aveiro contra vínculos precários.
Em jeito de mobilização, o PCP apela à participaçãoao na manifestação promovida pelo Movimento Democrático de Mulheres (a 10 de Março), nas acções desenvolvidas pelo movimento estudantil (em torno do Dia do Estudante, a 24 de Março), na manifestação de jovens trabalhadores promovida pela Interjovem-CGTP (a 28 de Março) e no 1º de Maio organizado pela CGTP-IN.
A DORAV do PCP sublinha ainda a importância das comemorações do 25 de Abril, no seu 44º aniversário, “como grande afirmação da democracia e dos direitos conquistados com a Revolução”.
Na agenda está uma deslocação do Secretário-Geral do PCP ao Distrito, no dia 20 de Abril, com a realização de um jantar-comício em Anadia.
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