Jorge Castro, diretor da AEVA, valoriza o processo de aprendizagem em ambiente de empresa e destaca a capacidade instalada na A. Silva Matos Metalomecânica. Declarações no lançamento de um programa formativo em Sever do Vouga.
O projeto “From birth to the adult age – a WBL successful Practice!”, ou seja, do “Namoro ao Casamento - uma prática de formação em contexto de trabalho com sucesso!” realça as vantagens da formação em contexto empresarial.
Projeto de 300 mil euros que envolve sa Câmara Municipal de Sever do Vouga, A. Silva Matos Metalomecânica SA, Instituto Politécnico do Porto (Portugal), e duas outras escolas profissionais, duas autoridades locais e duas empresas em Espanha e Itália.
Este projeto, subordinado ao tema de desenvolvimento do currículo por competências é apoiado em resultados e aprendizagens realizados em empresas, nas áreas da metalurgia, mecânica, mecatrónica e manutenção industrial.
O diretor da Escola Profissional de Aveiro realçou essa mudança de paradigma para valorizar a aposta nas parcerias com empresas que tem vindo a desenvolver.
“Os jovens de hoje, são jovens de hoje. É preciso motivá-los e fazer com que voltem a acreditar e a fugir para a escola”, refere Jorge Castro. “Por outro lado, é preciso combater o divórcio entre entidades, empresas e escolas”. “Eles sabem umas coisas, mas quando vêm para a empresa é preciso ensinar-lhes o que eles não aprenderam na escola”, reproduz Jorge Castro do que vai ouvindo pelas empresas.
As escolas queixam-se da falta de abertura das empresas para aceitarem alunos em estágio, por criarem obstáculos. Jorge Castro adianta ainda que é propósito deste projeto desenhar um perfil de competências técnicas, profissionais, cientificas e socioculturais, capaz e com sentido, que responda positivamente às necessidades da região, do país e da europa, promovendo o casamento dos envolvidos.
Já Cláudia Pinheiro, presidente da administração da empresa A. Silva Matos Metalomecânica, refere que este é “um exemplo concreto” de uma estratégia de futuro ao nível da formação de técnicos qualificados, cujo défice existe em Portugal há já vários anos.
Mais acrescentou que, em Portugal, “não há capacidade de resposta”. “Esta é a primeira pedra de muitos outros projetos que virão para colmatar este grave problema, que existe, e com que as empresas se debatem diariamente com bastante dificuldade para resolver.”
As reuniões de trabalho entre parceiros do projeto desenrolam-se esta terça e quarta com figuras de Portugal, Espanha e Itália. Os alunos, grupo alvo deste projeto, terão a oportunidade de realizar estágios a nível nacional e internacional, nas várias empresas selecionadas.
Jorge Castro acredita que o projeto vai permitir abrir novos caminhos na formação. “Com os resultados deste projeto pretende-se influenciar as autoridades nacionais, nomeadamente a Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional, que é a agência que tutela os cursos profissionais, bem como o IEFP, enquanto entidade que chancela os Cursos de Aprendizagem”.
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