A obra “Rostos de misericórdia – estilos de vida a irradiar”, do padre Georgino Rocha, quer os exemplos do papa Francisco e do antigo Bispo de Aveiro e do Porto, D. António Francisco Santos, como guias na procura de sociedades mais fraternas.
“Os olhos são a expressão máxima do rosto. Olhos e coração são amigos leais. Quando o coração está triste os olhos dão sinais. Quero, com esta obra, que o coração bondoso e solidário venha a público”, refere o autor.
Este livro, lançado esta quarta, no Centro Universitário Fé e Cultura, fica como testemunho em defesa das minorias e das famílias como bastião da vida em sociedade. O autor, padre Georgino Rocha, assume que a figura do Papa inspirou algumas passagens (com áudio).
Carlos Borrego apresentou a obra. O professor universitário falou sobre a questão dos recasados na Igreja e diz que a Misericórdia é também o espaço de acolhimento de uma Igreja ao serviço das pessoas.
“O casal em nova situação é sempre protagonista da caminhada a que se propõe, ajudado mas nunca substituído na sua consciência”.
E destaca a citação de palavras do Papa sobre a relação entre seres humanos. “O ser humano briga com os vivos e leva flores aos mortos. Aos olhos cegos do homem o valor do ser humano está na morte e não na vida. É bom repensar isto enquanto vivemos ”.
Testemunhos e relatos de misericórdia são apontados como exemplos. O bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, prefacia o livro. O Bispo de Aveiro, D. António Moiteiro, elogia a iniciativa e diz que os bons exemplos devem ser divulgados.
“Estive com uma turma numa escola e alguém dizia: senhor bispo, os jovens estão cada vez menos empenhados na vida da Igreja e das paróquias. Qual a solução? Eu não tenho soluções mágicas mas disse coisas que se enquadram com este livro. O testemunho que passa pela misericórdia, que não se envergonhassem de chamar outros e de criar laços de comunhão”.
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