O presidente da Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha da Nazaré já reagiu ao corte de relações assumido pelo presidente da Junta de Freguesia que diz não ter condições para debater com Humberto Rocha questões de interesse associativo.
O presidente da ADIG e da Associação Náutica da Gafanha da Nazaré foi acusado de inviabilizar esse diálogo pela forma agressiva como se tem vindo a processar a troca de palavras entre ambos.
Agora, Humberto Rocha diz lamentar a decisão por considerar que é a cidade quem sai penalizada. “Continuo a afirmar que a Gafanha só lucraria se houvesse colaboração entre a Junta de Freguesia e as associações que alertam para problemas concretos, como o fazemos por telefone ou por E-mail, sempre que deles temos conhecimento. A ADIG não é, nem quer ser oposição, mas sim fazer parte da solução dos problemas. Quem perde com costas voltadas não é a ADIG ou o Presidente da Junta, mas sim a Gafanha que é a Terra onde nascemos, habitamos e que defenderemos a todo o custo”.
O antigo autarca de Ílhavo repete às críticas à ausência do presidente da Junta na reunião marcada para apresentação do executivo da freguesia e diz que a indignação é o resultado de “uma série de factos que se foram acumulando ao longo do anterior mandato autárquico e que continuam neste”.
“É repetitivo o facto de faltar às reuniões com a nossa Associação e não ter a hombridade de pegar num telefone ou enviar um E-mail, antes do início da reunião, a comunicar qual o impedimento de poder estar presente”.
Para Humberto Rocha, os problemas começaram quando a ADIG assumiu a liderança do dossiê de contestação à movimentação de petcoke que colocava a em causa a qualidade do ar.
“A realidade Senhor Presidente é que tudo começou com o problema do Petcoke, em que o senhor negava os problemas tóxicos e depois se provou serem reais e que a ADIG conseguiu resolver, com a concordância e a ajuda das próprias entidades envolvidas no manuseamento do produto. Em vez de ficar contente por a Gafanha ficar com um ambiente mais limpo, o senhor ficou despeitado e, aí sim, passou a ser oposição à ADIG. Um problema da chamada “dor de cotovelo”.
Recorde-se que o presidente da Junta já assumiu que perdeu a paciência e que não volta a trocar palavras na praça pública com Humberto Rocha. os dois dirigentes têm vindo a comunicar sob a forma de cartas abertas.
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