O Bloco de Esquerda (BE) de Coimbra considerou hoje que a solução para Linha Norte-Sul do TGV, apresentada terça-feira pelo ministro António Mexia, constitui "o mais grave atentado" alguma vez cometido contra os interesses da região. "Coimbra deve reagir sem hesitações a este anúncio, não olhando a calendários eleitorais ou outros. Devemos dizer não a esta solução e devemos fazê-lo já", exorta o partido em nota divulgada hoje. Segundo o Bloco, "a solução proposta - um desvio entre Soure e a Mealhada, passando pela Gare do Mondego - quer simplesmente dizer que a paragem opcional de um TGV em Coimbra provocará um aumento de 19 minutos no tempo total de ligação (cerca de 20 por cento a mais)". "Sujeitamo-nos a que muito poucos passageiros queiram viajar nos comboios que incluam Coimbra, o que fará com que o operador possa decidir suspender essa opção. Em vez de duas míseras ligações em cada sentido por dia, poderemos ter de passar a apanhar o TGV em Leiria ou Aveiro. Coimbra será definitivamente retirada da agenda dos investidores contemporâneos", alerta o BE. No comunicado, o Bloco de Esquerda sustenta que "os custos da proposta anunciada - um intercambiador em Soure, a requalificação da Linha do Norte entre Soure e a Mealhada e a adaptação da Gare do Mondego - serão seguramente superiores aos de uma nova estação TGV a Poente de Coimbra mais a sua conexão com a rede do Metro Mondego".Diário de Aveiro |