Comendador António Soares de Almeida Roque foi alvo de muito justa e merecida homenagem, promovida por “A Cadeia da Esperança”, uma organização não governamental, a quem atribuíu o primeiro título de sócio honorário, em prova de reconhecimento pelo muito que este bairradino tem feito a favor da cirurgia torácica, nomeadamente a nível das crianças de Moçambique. A Cadeia da Esperança, uma Organização Não Governamental, fundada no ano 2000 em Coimbra, liderada pelos cardiologistas Leitão Marques e Manuel Antunes, homenageou, no passado fim de semana, o Comendador Almeida Roque, em cerimónia de grande significado, que concluiu com a atribuição do primeiro título de sócio honorário daquela ONG. Tal distinção visou reconhecer o grande contributo que aquele benemérito tem dado em prol dos mais desfavorecidos, nomeadamente daqueles que em Moçambique beneficiam da ajuda da Cadeia da Esperança. Com o apoio de outras congéneres europeias, com o forte envolvimento de pessoal médico e de enfermagem, e com a contribuição de alguns laboratórios e particulares, a Cadeia da Esperança conseguiu erguer, em 2001, o Instituto do Coração de Maputo, numa ala reabilitada do antigo Hospital de Lourenço Marques. E, desde então, tem vindo a dinamizar e a colaborar com o citado Instituto, quer enviando meios técnicos e material cirúrgico, quer deslocando anualmente várias missões médicas, das quais a mais mediatizada é a liderada pelo Prof. Manuel Antunes que já ali operou várias dezenas de doentes, com uma taxa de sucesso de 100%. No entanto, mais importante que tratar ou operar alguns doentes, é a formação ministrada às equipas locais que, apesar dos parcos meios disponíveis, já evidenciam um elevado desempenho. “Não lhes dês o peixe, ensina-os a pescar” Por isso, e dentro do princípio, “não lhes dês o peixe, ensina-os a pescar” a Cadeia da Esperança instituiu uma bolsa para estudantes moçambicanos, que se denominará “Bolsa de Estudo Comendador António Almeida Roque” que visa apoiar a vinda e formação na área da saúde, em escolas de Coimbra, de estudantes de reconhecido mérito. Paralelamente à sua formação académica ficará, assim, garantida uma ampla formação profissional e cívica dos jovens eleitos, que contarão com a ajuda pessoal e profissional dos dirigentes da Organização. Serão, no futuro, a semente donde germinarão novos e melhores cuidados de saúde, prestados por moçambicanos tecnicamente capazes e motivados para a melhoria das condições de vida do seu povo.Diário de Aveiro |