SINDICATO E ADMINISTRAÇÃO DIFEREM NOS NÚMEROS DA GREVE

A greve dos motoristas dos transportes urbanos de Aveiro contra a integração na empresa municipal de mobilidade registou hoje uma adesão de 80 por cento, segundo fonte sindical, e 63 por cento, segundo a administração.

A greve, convocada até 04 de Fevereiro às primeiras duas horas de cada turno, "teve uma adesão de 80 por cento no turno da manhã e afectou 28 carreiras", disse à Agência Lusa António Augusto Pires, delegado do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL).

Já Alberto Roque, da administração dos Serviços Municipalizados de Aveiro, a que pertencem os transportes urbanos de Aveiro, afirmou à Lusa que a adesão se situou nos 63 por cento, porque estavam escalados 32 motoristas e faltaram 20, devido à greve.

A greve é, desta feita, restrita aos agentes únicos (motoristas) e já não abrange a prestação de horas extraordinárias, como aconteceu em Novembro.

Tal como no anterior período de greve, os motoristas dos SMA não estão a assegurar os transportes escolares, que a administração considera serviços mínimos, pelo que recorreu uma vez mais ao aluguer de autocarros de empresas privadas para os garantir.

A greve foi convocada até 04 de Fevereiro pelo STAL, contra a integração dos transportes públicos na MoveAveiro, empresa de mobilidade municipal que pretende gerir a frota de autocarros, os transportes fluviais, o estacionamento e as bicicletas de utilização gratuita.

Segundo o Sindicato, a criação da empresa municipal "abre a porta à futura privatização, com prejuízos graves para a população, para os trabalhadores e para a própria autarquia".

No sábado, o STAL convocou uma manifestação de motoristas e utentes dos transportes urbanos, para divulgar a greve e os seus motivos, mas a reduzida mobilização levou a que não chegasse a sair do local previsto para a concentração, o Largo da Estação de Aveiro.
Diário de Aveiro



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