CRUZAMENTOS, ROTUNDAS E SEMÁFOROS

Problemas de trânsito, falta de segurança nas estradas, as elevadas velocidades e falta de rotundas ou semáforos também foram ventilados na Assembleia Municipal de Oliveira do Bairro, com realização no dia 29 de Dezembro.

“A sinalização vertical é um caos”

Um dos deputados, da bancada centrista, que trouxe problemas da Palhaça a este nível foi exactamente Miguel Martins Vieira que reforçou, diga-se, as preocupações do presidente da Junta, Fernando Tomé de Carvalho.

Depois de falar na falta de segurança no cruzamento do Portinho, Zona Industrial de Oiã, abordou “as elevadas velocidades praticadas na EN 335, à entrada na vila da Palhaça”, exactamente no sentido Aveiro-Palhaça e mais concretamente na rua do Paraíso, onde, segundo ele, “após a requalificação daquela via, com a implantação de passeios descontínuos, o excelente piso, conjugado com a falta de respeito pelas regras de segurança da generalidade dos condutores que por ela circulam, têm contribuído para um número considerável de acidentes neste local, resultando por enquanto em ferimentos ligeiros e elevados danos materiais”.

Esta situação preocupa os moradores que correm riscos quando saem ou entram em casa, dada a falta de visibilidade compreendida entre duas curvas e o excesso de velocidade praticado. Miguel Martins Vieira chamou ainda a atenção do executivo camarário para a situação anómala dos passeios que “se apresentam delimitados por lancis terminados em equinas aguçadas”, o que tem concorrido para muitos condutores incautos verem os pneus cortados e lamentarem as perdas dos tampões das rodas.

Por todos estes motivos, o membro da Assembleia Municipal pediu ao presidente da Câmara, Acílio Gala, “para desencadear, logo que seja possível, os mecanismos adequados para o estudo da melhor solução que se adapte àquela zona” sugerindo mesmo a introdução de um semáforo delimitador de velocidade em frente às empresas sediadas nesse percurso, concretamente frente à empresa Aranha & Vilar, Lda.

Entretanto lembrou a inexistência ou “a insuficiência de placas indicadoras” para a A17 na rotunda da Palhaça e em Bustos e adiantou mesmo, “provavelmente em outros locais estratégicos do concelho que possam dar conta deste recente acesso que vem ganhando cada vez mais adeptos”, preocupações comungadas, pouco depois, pelo presidente da junta, Fernando Tomé de Carvalho, que a propósito de sinalização, havia de dizer que “a descoordenação da sinalização vertical é um caos”.

Silveiro: a rotunda que já não é

Igualmente a deputada social democrata, Laura Sofia, levou à Assembleia o caso da rotunda do Silveiro, que considerou ser uma situação grave e aflitiva mas que, quando o presidente é confrontado com a situação, diz “que não há dinheiro. Será que não consegue?”.

Insinuou mesmo que comparativamente a outros concelhos que constroem rotundas, Acílio Gala não terá peso político .

Relativamente a este problema, com final à vista, Acílio Gala responderia que o assunto já está em vésperas de ser solucionado, como, de resto, já referiu no almoço de aniversário da União Desportiva, Recreativa e Cultural do Silveiro, no dia 8 de Dezembro, não com a construção de uma rotunda, mas a implantação de semáforos cujos custos da compra de terrenos e manutenção ficarão da responsabilidade da Câmara.

“Já expliquei isso mais do que uma vez, já assinámos o protocolo” afirma Acílio Gala que acrescentou: “a Câmara Municipal tem que assumir, fazer o projecto, fazer a obra e depois não sabe quando vai receber”.

Armor Pires Mota
Diário de Aveiro



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