O OUTRO LADO DA FESTA

O sentimento do dever cumprido invadiu os cerca de mil adeptos do Pampilhosa que marcaram presença nas bancadas do Alvalade XXI para assistir ao jogo da sua equipa contra o Sporting.

A fé dos adeptos em ver o Pampilhosa tornar-se num tomba-gigantes cedo se desmoronou, mas a festa, antes e depois do jogo, é para mais tarde recordar.

A confusão entre Pampilhosa da Serra e do Pampilhosa do Botão - afinal, é por este último nome que é conhecida - tornou-se no pólo de maior “revolta” dos adeptos ferroviários, que não se cansaram de lançar farpas aos mais incautos. “Serranos não?Ferroviários, sim” e “Pampilhosa, sim, mas não da Serra”, foram alguns dos exemplos das tarjas apresentadas nas bancadas de Alvalade.

No campo desportivo, os adeptos, com muita ironia à mistura, escreveram que “nunca perdermos em Alvalade, ou nunca aqui perdemos”, afinal de contas, o seu clube nunca tinha na realidade defrontado o Sporting em provas oficiais.

Além dos cachecóis alusivos à data e ao jogo, um grupo de gaiteiros não se cansou de apoiar a equipa, e a emoção chegou ao rubro, aos 28 minutos, quando Paíto, ao marcar na sua própria baliza, fez renascer a esperança dos adeptos numa possível reviravolta no marcador (2-1), assim como aquele livre de Juares, no início da segunda parte, que só não deu empate porque Tiago fez a defesa da noite.

Depois, a história, ou seja mais dois golos do Sporting, ainda com muito tempo para jogar, dissecaram todas as dúvidas.

Manuel Zappa
zappa@jb.pt

Diário de Aveiro



Portal d'Aveiro - www.aveiro.co.pt