Os Bombeiros de Ílhavo assumem ter vivido uma madrugada exigente mas neste momento estão atentos, sobretudo, a potenciais reacendimentos na zona de Vale de Ílhavo e Lavandeira onde de madrugada as chamas marcaram presença (foto André Neto).
Foi uma madrugada de combate e vigilância por parte dos bombeiros de Ílhavo nessa área que reúne zonas residenciais e área florestal. A preocupação tomou conta desses locais mas não há registo de danos em habitações.
Em Vagos a preocupação mantém-se em Santo André com um incêndio que mobilizava ao início da tarde mais de 70 operacionais no terreno. A Riablades, unidade de produção de pás eólicas, atingida pelo incêndio junto à A17, foi resgatada num esforço conjunto de bombeiros e funcionários.
De Ílhavo seguiu uma coluna para Vale de Cambra onde se deu um dos focos mais complexos e neste momento estão dados com extintos os incêndios na parte nascente de Aveiro e em Oiã, concelho de Oliveira do Bairro.
A Associação Humanitária dos Bombeiros de Ílhavo já deixou agradecimento público aos bombeiros "empenhados nos diversos incêndios", bem como "o apoio que nos tem sido dado por todas as populações".
Carlos Alberto Mouro explica que o vento, as altas temperaturas e ausência de humidade tornaram a madrugada mais complexa. Sobre as causas admite que há ainda desconhecimento mas não tem dúvida que a propagação foi “facilitada” pelo vento.
“Um incêndio destes não acontece por acaso. Houve vento e muitas projeções a grandes distâncias que podem ter agravado a situação. Foram condições anormais. Estando o distrito quase todo a arder posso dizer que Ílhavo e Vagos tiveram uma resposta a 100%”.
O comandante dos Bombeiros de Ílhavo revela que durante a manhã o trabalho incidiu mais na vigilância (com áudio).
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